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Austeridade para matar, de vez, a economia?!

A reboque da pandemia, começam a surgir vozes de alguns ‘gurus neoliberais’, a defender o regresso da austeridade e dos sacrifícios de má memória que, insinuam, deve voltar a ser imposta aos portugueses. Essas almas que, desde a direita do nosso espectro político até ao centro-esquerda, já se esqueceram o que significaram os cortes nos salários, nos subsídios e nas pensões voltam à carga com a mesma receita com que durante os anos de intervenção o Fundo Monetário Internacional (FMI) afundou o país. Foram as falências das empresas, a explosão do desemprego e da pobreza e a implosão da nossa frágil economia. Hoje, como em 2012, é preciso dizer NÃO às políticas de austeridade e empobrecimento. E é preciso recordar que a economia portuguesa só se reergueu quando existiu um acordo político que obrigou o governo a devolver rendimentos dos salários, pensões e subsídios. Até porque não é muito difícil de perceber que só com melhores rendimentos é que as pessoas compram mais. E se compram mais, há mais dinheiro a entrar na economia o que permite salvar milhares de empresas em dificuldades e milhões de postos de trabalho, reduzindo, desta forma, o desemprego e a pobreza que é, já, dramática. É certo que o primeiro-ministro tem vindo a afirmar que não defende o regresso da austeridade. Mas também é verdade que a pressão, mesmo de sectores do PS, é enorme. O que é preciso é investir na área social, reforçando os apoios a quem precisa, valorizando os salários e as pensões para permitir maior injeção de dinheiro na economia. Voltar a colocar a canga da austeridade sobre os ombros dos portugueses é matar, de vez, o nosso débil tecido económico e condenar à falência milhares de empresas por esse país fora, aumentando descontroladamente o desemprego e a pobreza. Não é esse o caminho. Mas se forem por aí, resta-nos a Luta!

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