José Manuel Rodrigues apela ajuda aos mais carenciados
O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), José Manuel Rodrigues, considera que o país e a Madeira entraram num “num estado de emergência social”, para o qual é preciso dar uma resposta urgente através de entreajuda.
“Facilmente não só vamos chegar a uma taxa de desemprego altíssima com mais de 30 mil madeirenses no desemprego, como muitas famílias vão entrar em insolvência”, alerta José Manuel Rodrigues durante a visita ao CASA – Centro de Apoio ao Sem Abrigo.
“É aqui que estas instituições de solidariedade social podem e devem actuar como ‘braço armado’ do Governo Regional no combate à pobreza e à exclusão social”, diz o presidente da ALM, acrescentando que “o Governo Regional tem alguns meios financeiros para atender à situação”, como “o Fundo de Emergência Social no valor de 5 milhões de euros.
O CASA recebeu 2.500 euros do Parlamento, que está a servir para a compra de embalagens para as refeições que são entregues uma vez por mês a cerca de 600 famílias, perto de 1.300 pessoas, “particularmente idosos do concelho do Funchal, de Santa Cruz, Caniço, Camacha e da Ponta do Sol.”
O centro dá ainda apoio a mais de uma centena de pessoas, um número aumentou bastante desde Março deste ano.
“Em Janeiro o número que nós tínhamos era 72 pessoas, que estavam em situação de sem abrigo. Nesta fase, este número quase que duplicou”, revela Sílvia Ferreira.
A presidente do CASA garante que há uma grande preocupação da instituição de conseguir “quarto para estas pessoas”.
“Nós arranjamos quartos, mas são valores muito superiores. Andamos à procura de quartos à volta de 200, 250 euros para realojar as pessoas e reinserir mais tarde no mercado de trabalho”, refere
Neste momento, a cantina social do Centro de Apoio ao Sem Abrigo serve mais de uma centena de pequenos almoços.
“Muitas destas pessoas têm casa, mas se perderem a casa onde estão e algum rendimento que têm vão tornar-se pessoas em situação de sem abrigo”, alerta Sílvia Ferreira.
Recorde-se que a ALM cortou nas despesas de funcionamento para apoiar as instituições que prestam assistência alimentar, sendo que um donativo de 10 mil euros “já ajudou três instituições que não ficaram abrangidas pelo Fundo de Emergência Social do Governo Regional: o Banco Alimentar Contra a Fome, o Centro de Apoio ao Sem Abrigo (CASA) e também a Cruz Vermelha.