Pelo menos 48 combatentes foram hoje mortos perto de Idleb, na Síria, durante um confronto entre forças governamentais e jihadistas, sendo este o número mais elevado de baixas desde o início de uma trégua em 06 de março.

Nestas últimas semanas foram registados ataques esporádicos e tiros de artilharia na região de Idleb, que é considerada o último grande bastião jihadista e rebelde na Síria.

Hoje, 35 combatentes das forças governamentais ou de milícias aliadas e 13 jihadistas, essencialmente do grupo Houras al-Din, ligado à Al-Qaeda, morreram no nordeste da província de Hama, vizinha de Idleb, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Segundo esta ONG, os combates foram desencadeados por um ataque jihadista noturno às posições do regime sírio.

“Este é o número mais elevado de vítimas desde a entrada em vigor da trégua”, disse Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH, citado pela agência France Presse.

Segundo as Nações Unidas, a calma precária dos últimos dois meses permitiu a 120 mil pessoas poderem regressar a casa.

O cessar-fogo, negociado pela Rússia, aliada do regime sírio, e Turquia, permitiu a patrulhas conjuntas desde dois países organizarem-se na autoestrada que separa o território insurgente das regiões mantidas pelo regime.

Desencadeada em 2001, com a repressão das manifestações a favor da democracia, a guerra na síria já fez mais de 380 mil mortos e desalojou milhões de pessoas.