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Venezuela vai receber ajuda humanitária da ONU e da OPS

Foto EPA
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O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que vão chegar “várias toneladas” de ajuda humanitária à Venezuela, enviadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Panamericana da Saúde (OPS), para combater a pandemia da covid-19.

“Nas próximas semanas vai continuar a chegar ajuda humanitária, para continuar a abastecer a Venezuela de testes rápidos da covid-19 e de todo o material para tratamento e proteção dos trabalhadores da saúde”, disse, na noite de quinta-feira.

O anúncio foi feito durante uma reunião da Comissão Presidencial para a Prevenção da Covid-19, que teve lugar no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas.

Nicolás Maduro explicou ainda que a Venezuela “tomou medidas a tempo” para combater a pandemia.

O Presidente Nicolás Maduro não precisou quantas toneladas de ajuda humanitária vão ser enviadas pela ONU e a OPS para a Venezuela, nem a data exata em que está previsto que cheguem ao país.

O envio de ajuda humanitária foi aprovado durante uma reunião em que esteve presente o coordenador da ONU em Caracas, Peter Grohmann, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e os ministros venezuelanos de Relações Exteriores e da Saúde, Jorge Arreaza e Carlos Alvarado, respetivamente.

Segundo Delcy Rodríguez, a coordenação do ONU na Venezuela, solicitou, quinta-feira, autorização ao Governo do Presidente Nicolás Maduro, para estudar a estratégia venezuelana de combate à pandemia da covid-19, para “replicá-lo” em outras nações.

“Eles falam de que se trata de uma estratégia de supressão. Assim se chama epidemiologicamente, e pedem autorização para estudar este modelo (venezuelano) e depois poder replicá-lo noutros países”, disse Delcy Rodríguez à televisão estatal venezuelana.

Segundo a vice-presidente venezuelana, a ONU destaca que a Venezuela “tomou medidas muito cedo”.

“Medidas muito oportunas que fizeram que a curva (de contagiados) se achatasse”, frisou.

Por outro lado, anunciou que nos próximos dias a Venezuela entrará numa nova fase de massificação de testes para detetar pessoas com a covid-19 que incluirá visitas casa a casa.

Durante a reunião o Presidente Nicolás Maduro informou que foram identificados 16 venezuelanos que faleceram recentemente, no estrangeiro, devido à covid-19, mas que “poderão ser muitos mais”.

A Venezuela tem 333 casos confirmados e 10 mortes associadas ao coronavírus. Pelo menos 142 pessoas recuperaram da doença.

A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia. O estado de alerta foi decretado por 30 dias e prolongado por igual período.

Os voos nacionais e internacionais estão restringidos.

Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os vários estados do país.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 230 mil mortos e infetou mais de 3,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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