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Até Março morreram três pessoas por dia no Mediterrâneo

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Um total de 290 migrantes morreram ou desapareceram no mar Mediterrâneo, uma média de três por dia, a tentar alcançar as costas espanholas até março, denunciou hoje a organização não-governamental (ONG) espanhola Caminando Fronteras.

O território espanhol, com particular destaque para as ilhas Canárias, está integrado na chamada rota migratória do Mediterrâneo Ocidental, de Marrocos para Espanha.

A ONG espanhola chegou a estes números através de uma monitorização contínua realizada junto de comunidades de migrantes, serviços de resgate, redes familiares e ativistas dos direitos humanos.

Das 290 vítimas mortais contabilizadas, a Caminando Fronteras referiu que 27 estão dadas como desaparecidas, ou seja, os respetivos corpos não foram recuperados pelas equipas de resgate e salvamento.

As vítimas eram oriundas de um total de nove países: Argélia, Marrocos, Senegal, Gâmbia, Guiné-Conacri, Costa do Marfim, Camarões, República Democrática do Congo e ilhas Comores.

Cerca de 28% das vítimas mortais contabilizadas pela ONG espanhola, quase três em cada 10, eram mulheres (62) e menores (21).

Em termos totais, e durante o mesmo período, foram registados 17 naufrágios nas vias marítimas de acesso a Espanha.

Dez embarcações continuam desaparecidas, frisou a mesma ONG espanhola.

A Caminando Fronteras especificou que a via marítima em direção às ilhas Canárias foi a que testemunhou mais naufrágios, um total de 12, e mais vítimas mortais ou desaparecidos, cerca de 245 migrantes.

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