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António Costa promete universalidade no acesso ao digital para o próximo ano lectivo

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O primeiro-ministro, António Costa, assumiu hoje o compromisso de que no início do próximo ano lectivo haverá o acesso para todos os alunos do básico e secundário às plataformas digitais, quer em termos de rede quer de equipamentos.

Esta garantia foi deixada já no final da conferência de imprensa de hoje, que decorreu após o Conselho de Ministros que decidiu medidas excepcionais para o resto do ano lectivo devido à covid-19 e na qual António Costa esteve acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

Em relação ao ensino à distância, o esforço que o executivo está a fazer “é duplo”.

“Primeiro, o compromisso que estou em condições de assumir de no início do próximo ano lectivo, aconteça o que acontecer, nós termos assegurado a universalidade do acesso às plataformas digitais quer em rede quer em equipamentos para todos os alunos do básico e do secundário”, prometeu.

Por outro lado, já para este ano e para os alunos do secundário, de acordo com o primeiro-ministro, está a ser feito um esforço “para poder apoiar os alunos do secundário que não têm equipamentos necessários ou que não têm acesso à rede para poderem ter a melhor qualidade possível do ensino à distância”.

“Nós sabemos que a desigualdade digital no secundário é bastante menor do que é no ensino básico”, afirmou, ressalvando que “com 78 disciplinas é impossível assegurar uma oferta televisiva porque não há espectro de canais suficientes para que isso seja possível”.

Já em relação à evolução da pandemia, de acordo com António Costa, é preciso ir projectando a vida e medidas “tendo em conta o factor de incerteza” que existe.

Entre os mais optimistas e os mais pessimistas, o chefe do executivo assume-se como “um realista”.

“Vou vendo os números dia a dia, vou acompanhando, desejando sempre o melhor, preparando-me sempre para o pior”, afirmou.

Questionado sobre os apoios extraordinários às famílias, Costa lembrou que este tipo de apoio não existia.

“Esta é uma situação nova e portanto muitas famílias têm dificuldade na gestão dos seus filhos. É compreendendo esta especificidade que nós criamos um apoio extraordinário que não existia e que é necessariamente limitado”, admitiu.

Já sobre a situação das creches, o primeiro-ministro explicou que, “tal como um conjunto múltiplo de outras actividades, estão sujeitas às decisões e à avaliação” que forem sendo feitas no geral.

“As condições de mobilidade dentro das creches são distintas da educação pré-escolar”, destacou.

Relativamente ao pagamento das creches continuar a ser feito apesar destas estarem fechadas, Costa disse apenas que essa é uma “matéria que tem a ver com próprio e os proprietários das creches”.

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