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Brasil regista 141 mortos e 1.930 infectados nas últimas 24 horas

Foto EPA
Foto EPA

O Brasil registou hoje um novo recorde diário de mortos pelo novo coronavírus, contabilizando 141 óbitos nas últimas 24 horas e 1.930 novos casos de infeção, informou o Ministério da Saúde do país.

No total, o país sul-americano tem até hoje 941 vítimas mortais e 17.857 infetados pelo novo coronavírus, sendo que a taxa de letalidade da doença subiu para 5,3% no Brasil.

Em relação a quarta-feira, quando o país sul-americano registou 133 óbitos, deu-se um aumento diário de 18%. Quanto aos infetados, a subida foi hoje de 12% relativamente ao dia anterior, quando se registaram 2.210 novos infetados.

Tocantins, localizado na região norte do país, continua a ser o único estado sem registo de vítimas mortais e também o estado com menos infetados. As restantes 26 das 27 unidades possuem óbitos associados à infeção do novo coronavírus.

Por outro lado, São Paulo é o estado brasileiro com maior número de casos confirmados, registando 496 mortos e 7.480 pessoas infetadas, seguindo-se o Rio de Janeiro, com 122 vítimas mortais e 2.216 casos confirmados. A terceira unidade federativa com mais casos é o Ceará, que teve, até ao momento, 55 óbitos e 1.425 casos de infeção.

Segundo a tutela da Saúde, 78% dos óbitos contabilizados no Brasil tinham acima de 60 anos, sendo que 74% apresentavam pelo menos um fator de risco.

Por outro lado, até ao momento já morreram no Brasil 186 pessoas com menos de 60 anos, sendo que 46 tinham menos de 39 anos.

O Ministério da Saúde informou, porém, que o número real de infetados pela covid-19 no Brasil tende a ser maior do que os números divulgados, visto que só estão a ser testados pacientes internados em hospitais, acrescentando que há milhares de exames a aguardar confirmação.

De acordo com o portal Worldometer, que compila quase em tempo real a informação da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação, o Brasil testou apenas 296 pessoas por cada um milhão de habitantes, sendo um dos países que menos testes faz em relação à proporção populacional.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, disse hoje que, além do medicamento cloroquina, o plasma do sangue de pacientes curados está entre os testes mais avançados de novos tratamentos para a covid-19.

“Além da cloroquina, provavelmente o mais próximo de ter algum desfecho é o uso de plasma de pacientes que já têm anticorpos no seu organismo. Está evoluindo muito bem, o pessoal está a trabalhar nessas novas possibilidades terapêuticas” disse Gabbardo, em conferência de imprensa.

Segundo o secretário, nos próximos dias deverão sair resultados de estudos sobre novos tratamentos.

A cidade brasileira de São Paulo passará a integrar o medicamento cloroquina no tratamento do novo coronavírus nos seus hospitais municipais, anunciou hoje o prefeito daquele que é o município mais populoso do país.

Cloroquina é um medicamento usado para tratar doenças como artrite, lúpus e malária e cujos efeitos em pacientes vítimas da covid-19 estão ainda a ser estudados em diversos países, incluindo no Brasil.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 94 mil.

Dos casos de infeção, mais de 316 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 811 mil infetados e mais de 65 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 18.279 óbitos em 143.626 casos confirmados até hoje.

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