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Coronavírus País

Associação pede protecção para doentes crónicos que não podem trabalhar em casa

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A Associação Respira pediu ontem protecção imediata para as pessoas com doença crónica cuja actividade profissional seja incompatível com o teletrabalho e que continuam a deslocar-se diariamente para o emprego.

“Esta população constitui o principal grupo de risco nesta pandemia do coronavírus, sendo premente a aplicação de medidas de protecção social”, alertou a associação, em comunicado.

Idêntico pedido foi feito na sexta-feira pela Plataforma Saúde em Diálogo, que representa 50 associações de doentes, promotores e utentes dos serviços de saúde.

“Como deixar de trabalhar é uma situação que acarreta problemas financeiros para as famílias, é necessário proteger estes grupos de risco, assegurando-lhe as devidas condições de segurança e de saúde até que este problema esteja solucionado”, defendeu a organização em comunicado divulgado na sequência de ofícios enviados às ministras do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e da Saúde, Marta Temido.

A estrutura pretendeu, assim, alertar o governo para a situação e, ao mesmo tempo, “pedir que, de acordo com a lei, seja possibilitado a estas pessoas o isolamento profilático até ao fim da pandemia”.

Na carta enviada às responsáveis governamentais, é referido que estão em causa “pessoas imunodeprimidas ou portadoras de doença crónica que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde, são consideradas de risco”, designadamente doentes hipertensos, diabéticos, doentes cardiovasculares, portadores de doença respiratória crónica e com problemas oncológicos.

“Estas patologias, como bem sabemos, não afectam só pessoas idosas já na idade da reforma. Afectam também muitos cidadãos em idade activa, que não podem prescindir dos rendimentos do trabalho para a sua subsistência e do seu agregado familiar”, lê-se no documento.

Segundo a plataforma, está em causa “um grupo especialmente vulnerável”, para o qual a infecção por SARS-CoV-2 (o novo coronavírus que provoca a doença covid-19) pode ser fatal ou deixar graves sequelas.

“A probabilidade de este grupo da população, ao ser contaminado, carecer de internamento hospitalar, de ventilador e de cuidados intensivos, é muito elevada”, advertiu a organização.

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