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Iniciativa Liberal genericamente de acordo com Governo sobre escolas

Foto João Relva/Lusa
Foto João Relva/Lusa

A Iniciativa Liberal mostrou-se hoje genericamente de acordo com a visão do Governo em relação à reabertura do ano escolar e insistiu na urgência de Portugal “planear o regresso à normalidade”.

O deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, foi hoje o primeiro a ser recebido pelo primeiro-ministro, António Costa, na residência oficial, em Lisboa, numa ronda por todos os partidos com assento parlamentar sobre a reabertura dos estabelecimentos de ensino, que encerraram em 16 de março por causa da pandemia de covid-19.

“O senhor primeiro-ministro fará, na altura que achar oportuna, a divulgação de que medidas irão ser essas. A mim cabe-me dizer que estamos genericamente em concordância com aquilo que é a visão do Governo e do senhor primeiro-ministro relativamente a essas matérias”, adiantou.

Questionado sobre se os apoios aos pais se vão manter no caso das escolas permanecerem encerradas, João Cotrim Figueiredo respondeu que “se o motivo se mantiver, o apoio manter-se-á” e “vice-versa”, ou seja, “se alguma coisa se alterar, deixa de fazer sentido os apoios”.

O deputado liberal aproveitou este encontro -- no qual também estão presentes o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro -- para exortar o primeiro-ministro a, desde já, “preparar aquilo que tem que ser o plano de retoma, o plano de regresso à normalidade” para “não deixar a economia parar de todo”.

“Isso exige decisões corajosas, decisões atempadas e foi isso que tivemos ocasião de partilhar com o senhor primeiro-ministro”, apelou.

Na perspetiva de João Cotrim Figueiredo, “no meio desta crise”, em que tanto mudou em Portugal e nos países que concorrem em termos económicos, “abre-se uma oportunidade grande para o desenvolvimento de Portugal”.

“Assim a saibamos e aproveitar devidamente. Vamos ter que nos habituar a conviver com a ameaça do coronavírus durante meses e é um período de tempo que não é possível viver em confinamento absoluto e com as medidas mais restritivas que temos vivido”, alertou.

Para o presidente do partido liberal, “a dificuldade vai ser saber quando e como reabrir e relaxar essas medidas para permitir que a economia retome”.

“Levamos ideias. A troca de impressões foi bastante franca, não foi sempre coincidente noutras matérias que não fossem a das escolas, mas isso ficará para posteriores oportunidade para poder partilhar convosco”, acrescentou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 80 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

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