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Mais de 4.700 idosos morreram em lares de Madrid no último mês

Foto EPA
Foto EPA

Na região de Madrid morreram 4.750 idosos, no espaço de um mês até hoje, em lares de terceira idade, devido ao coronavírus, dos quais 3.479 tinham algum tipo de sintomas e 781 foram confirmados como portadores do vírus.

Os números foram revelados pelo vice-presidente da Comunidade de Madrid, Ignácio Aguado, que sublinhou que, embora o número total de 4.750 mortos seja “muito superior” ao de “um mês normal”, “a maioria” dos cerca de 50.000 internados [em lares] de Madrid “não estão infetados e nem sequer vivem com pessoas infetadas”.

“Na maioria das residências não houve casos de coronavírus e os utilizadores continuam como sempre”, disse Aguado numa conferência de imprensa.

A presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Diaz Ayuso, afirmou na semana passada, numa entrevista radiofónica, que cerca de 1.000 pessoas idosas morrem em média todos os meses neste tipo de lares.

Os dados hoje revelados foram transmitidos ao Ministério da Saúde numa altura em que a oposição de direita acusa o Governo central de “mentir” nos números totais de mortos resultantes da pandemia de covid-19, que dizem ser muito superiores, pois não se toma em consideração as pessoas falecidas que se desconhece se têm a epidemia.

O executivo nacional afirma que o método de contabilizar o número de falecidos é aquele que é usado pelas organizações internacionais.

O vice-presidente da região de Madrid garantiu que está a ser feito “tudo o que é possível” para preservar a saúde dos residentes idosos e garantir que os infetados estejam “isolados de forma correta”.

Se houve erros na gestão, afirmou que serão “certamente” considerados no final da crise, e sublinhou que estes “números dramáticos” serão reproduzidos “em toda a Espanha e em toda a Europa”.

“Está-se a tentar aliviar as consequências de uma doença que não tem cura e que é particularmente dura para os idosos”, sublinhou Ignácio Aguado.

Madrid é a região espanhola com mais atingida pela covid-19, com 42.450 infetados e 5.586 mortos até hoje.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 750 mil infetados e mais de 58 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.127 óbitos em 135.586 casos confirmados até terça-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 14.555 mortos, entre 146.690 casos de infeção confirmados até quarta-feira, enquanto os Estados Unidos, com 12.910 mortos, são o que contabiliza mais infetados (399.929).

Além de Itália, Espanha, Estados Unidos e China, os países mais afetados são França, com 10.328 mortos (109.069 casos), Reino Unido, 6.159 mortos (55.242 casos), Irão, com 3.603 mortos (58.226 casos), e Alemanha, com 1.861 mortes (103.328 casos).

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