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Solidariedade

É uma uma palavra frequentemente invocada pelos governantes dos países da União Europeia (UE) a contas com dívidas públicas excessivas que condicionam as respetivas economias. Estranhamente ou talvez não nos dias que correm e apesar do avanço inexorável por todo o mundo da Covid 19 a palavra solidariedade quase que caiu no esquecimento de praticamente todos os governantes perante uma tragédia que, essa sim, justifica um forte apelo à solidariedade entre países. Por isso é de relevar o que fez a Albânia, um dos países mais pobres da Europa, ao enviar para Itália 30 médicos e enfermeiros para ajudar os seus colegas italianos na luta brutal contra o vírus e isto apesar de ela própria ter de enfrentar a pandemia. Isto sim é SOLIDARIEDADE! Onde estava a UE quando a Itália precisou da sua solidariedade para combater a pandemia e se viu entregue a si própria e às suas insuficiências para fazer frente ao vírus? Mesmo agora em plena fase de crescimento da pandemia por toda a UE e pelo mundo a palavra solidariedade continua a ser usada por alguns políticos e governantes da UE não para unir esforços e partilhar recursos e conhecimentos científicos para lutar contra a doença mas para cada um à sua maneira tentar obter vantagens económicas e financeiras para um pós-pandemia que ninguém pode prever quando ocorrerá e muito menos saber que impacto terá no nosso atual modo de vida. Para alguns governantes da UE solidariedade resume-se a obter o mais possível de fundos de natureza financeira e nada mais. O impacto da Covid 19 ainda que trágico para nós humanos, tem permitido à Natureza a regeneração que apesar de inúmeros avisos lhe temos recusado. Precisamos da Natureza para viver mas ela não precisa de nós. Com esta crise os atuais pressupostos que fundamentam e regem a economia de nada valem. Esta é uma oportunidade para alterá-los e pôr em execução políticas priorizando a sustentabilidade ambiental que mereçam a solidariedade da Natureza para podermos voltar a VIVER.

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