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Suécia regista mais de 100 mortos em 24 horas

Foto AFP
Foto AFP

A Suécia, país que optou por medidas mais suaves no combate à pandemia da covid-19, registou, nas últimas 24 horas, 114 mortes devido ao novo coronavírus, indicou hoje a agência sanitária sueca.

Num comunicado, divulgado às 14:00 locais (13:00 em Lisboa), a Agência de Saúde Pública (AGP) sueca, indicou ter recenseado 7.693 casos de infeção e 591 óbitos, mortalidade mais elevada do que a observada nos países vizinhos nórdicos.

A agência nota, porém, que os 114 novos óbitos contabilizados incluem dados revistos referentes aos últimos dias no país, que tem cerca de 10,3 milhões de habitantes.

Na semana passada, Anders Teggnell, epidemiologista da AGP, declarou que se a Suécia observou inicialmente uma curva de contaminações relativamente plana até então, essa mesma curva começou a acentuar-se, sobretudo depois de os serviços de saúde terem dado conta da falta de equipamentos e de pessoal.

Hoje, o epidemiologista sueco indicou ter sido constatada uma ligeira diminuição de novos casos de contaminação, salientando, no entanto, ser ainda demasiado cedo para se afirmar que o vírus possa ter já atingido o pico.

O Governo sueco não decretou o confinamento da população, tal como acontece noutros países europeus, para combater a pandemia, tendo apelado à responsabilidade de cada um dos cidadãos e ao cumprimento das recomendações das autoridades sanitárias.

Entre as medidas mais restritas aplicadas até hoje figuram a interdição de reunião com mais de 50 pessoas, bem como as visitas a lares de idosos.

A forma como o reino sueco está a gerir a crise sanitária, menos restrita do que na grande maioria dos países europeus, tem levantado críticas internas e externas, mas as autoridades de Estocolmo mantêm a sua posição.

“Não, não estamos a agir como se nada se passasse na Suécia”, argumentou segunda-feira a ministra da Saúde sueca, Lena Hallengren, numa reunião com a imprensa internacional, em Estocolmo.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 708 mil infetados e mais de 55 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até segunda-feira.

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