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Ponta Delgada cancela eventos socioculturais de Junho e Julho

Foto LUSA
Foto LUSA

A Câmara de Ponta Delgada decidiu hoje cancelar vários eventos socioculturais programados para junho e julho e canalizar as verbas para reforçar as medidas de apoio às famílias e empresas em dificuldades devido à covid-19.

Depois de já ter cancelado as Grandes Festas do Divino Espírito Santo do Concelho de Ponta Delgada, programadas para julho, a maior autarquia dos Açores determinou também o cancelamento de outros eventos socioculturais programados para os meses de junho e julho, como o Dia da Criança, as Noites de Verão e a Festa do Baleeiro.

Quanto aos eventos socioculturais previstos para os meses de agosto e setembro, estão suspensos “até melhor avaliação da evolução da situação”.

Em comunicado enviado às redações, a Câmara de Ponta Delgada, presidida por Humberto Melo, justifica a decisão tendo em conta que “o horizonte temporal da propagação local da pandemia covid-19 ainda é imprevisível e assim se manterá por tempo indeterminado”.

Além disso, “os maiores eventos socioculturais do calendário municipal de Ponta Delgada motivam o aglomerado de milhares de pessoas e pressupõem uma preparação largamente antecipada”, lê-se na mesma informação.

A autarquia sublinha ainda “a necessidade prioritária de concentrar os recursos financeiros na estabilidade das famílias e na recuperação das empresas”.

A câmara vai preparar programas alternativos de dinamização sociocultural, que pretende “implementar logo que possível, para colaborar na retoma dos agentes económicos, designadamente comércio, restauração e hotelaria”.

As verbas disponíveis dos eventos cancelados serão utilizadas para “reforço orçamental das medidas de apoio e de emergência social das famílias e empresas em dificuldades económicas”, assegura o município.

O novo coronavírus já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).

Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

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