Imprensa nacional destaca os efeitos do vírus em Portugal e no mundo
Com o mundo em ‘stand-by’ à conta da pandemia covid-19, a imprensa portuguesa desta segunda-feira, 6 de Abril, faz o retrato do país e do mundo que continua a ser atacado pelo vírus mortal.
O Público escreve que o coronavírus trava justiça a fundo e adia 50 mil diligências num mês. Só em dois dias de Março foram adiados ou cancelados 14 mil actos nos tribunais. Ministra apela a lares que recebam doentes com alta. Reforço da ACT com 80 inspectores arrasta-se há quatro anos. O Público explica ainda como é que os cegos lidam com a pandemia covid-19, numa altura em que já começou o contra-relógio para a substituição de Carlos Costa no BdP.
O I destaca o disparo do desemprego no mundo. EUA registaram 10 milhões de desempregados em duas semanas. Europa não fica atrás. Em Portugal a maioria das 32 mil empresas que entraram em layoff devem declarar insolvência, de acordo com os economistas ouvidos pelo I. A recuperação das empresas vai ser muito lenta, diz João Duque.
Numa entrevista a Amin Maalauf, o escritor franco-libanês diz que o que está a acontecer é aterrador mas também fascinante. “Estamos a viver um dos acontecimentos mais extraordinários de todos os tempos”, diz, acrescentando que “se continuarmos neste caminho, a democracia não sobreviverá muito tempo ou acabará por transformar-se num mero simulacro”.
O Diário de Notícias de Lisboa aborda os efeitos do isolamento social na saúde mental, o outro estado de emergência na nossa cabeça. Ao fim de 15 dias de confinamento devido à pandemia covid-19, os efeitos do afastamento social que atinge uma parte considerável da população começam a fazer-se sentir. Que consequências poderão estas medidas trazer em termos de saúde mental e não só?
Numa foto que ocupa grande parte da primeira página, a rainha de Inglaterra, Isabel II garante que melhores dias virão, numa altura em que Boris Johnson está no hospital por causa do vírus.
O Jornal de Notícias escreve que o número de internados nos cuidados intensivos duplica numa semana. Técnicos do INEM obrigados a reciclar material com lixívia e lavar farda a 90 graus. Racionamento ameaça paralisar ambulâncias de emergência por causa dos cortes na protecção. Doentes de risco atrasam idas ao hospital e urgências estão quase vazias. A produção de viseiras em Leiria está a ser cobiçada no estrangeiro e 20 bispos celebram missa online.
No Correio da Manhã o destaque vai para o número de mortes provocadas pelo vírus que sobe até 4 de Abril, numa altura em que aumentam mortes sem covid-19. Casos fatais provocados pelo vírus são 2.3% do total da mortalidade desde 2 de Março.
Médicos e enfermeiros em estado crítico e maioria das crianças com recuperação rápida
Banca preparara para dar folga às empresas e famílias