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Roménia envia profissionais de saúde para Itália para “mostrar solidariedade”

Foto EPA
Foto EPA

A Roménia vai enviar médicos e enfermeiros para Itália, apesar da escassez significativa de profissionais de saúde no país, para “mostrar solidariedade” com os transalpinos que estão de luto pela pandemia da covid-19, anunciou hoje o Presidente Klaus Iohannis.

“Decidimos enviar uma equipa de onze médicos e seis enfermeiras”, disse o chefe de Estado romeno durante um discurso televisivo.

Segundo o próprio, os profissionais de saúde vão partir na terça-feira para Milão, onde vive uma grande parte da diáspora de mais de um milhão de romenos emigrados desde 2007.

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Pelo menos nove romenos residentes em Itália morreram infetados com o novo coronavírus em cerca de 400 casos confirmados, segundo Bucareste.

O reforço romeno consiste em “médicos e enfermeiros especializados em anestesia, terapia intensiva e urgências (...) fazem parte de uma missão de 14 dias sob a égide da proteção civil europeia”, afirmou o chefe do Departamento de Emergências, Raed Arafat, à agência francesa France-Presse.

“Não é o número que conta, mas o fato de se mostrar solidariedade. A situação em Itália é muito mais grave que na Roménia e é possível que no futuro sejamos nós a precisar de ajuda”, acrescentou.

O ministro da Saúde da Roménia, Nelu Tataru, disse ter ficado “impressionado” na semana passada por um médico italiano a residir na Roménia que estava a ajudar os locais. Os médicos romenos lamentam o fato de estarem mal equipados para lidar com a pandemia e vários já se demitiram em protesto.

A Roménia registou até agora 4.057 casos do novo coronavírus, incluindo 162 mortes, e prepara-se para prolongar por mais um mês o estado de emergência declarado em meados de março, segundo o chefe de Estado.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 676 mil infetados e mais de 50 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.887 óbitos em 128.948 casos confirmados até hoje.

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