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Portway quer cortar 20% do salário dos trabalhadores em funções, indica Fectrans

Foto Portway
Foto Portway

A Portway vai entrar hoje em ‘lay-off’, devido à covid-19, abrangendo 1.204 trabalhadores, e quer impor um corte de 20% àqueles que se mantém em funções, indicou a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

Em comunicado, a Fectrans, que esteve hoje reunida, através do Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pescas (SIMAMEVIP), com a Portway indicou que a empresa quer impor aos restantes 511 colaboradores ao serviço “um corte de 20% do salário e de horário, com o argumento de que este é extensível a diretores e administradores”.

Esta decisão foi contestada pelas organizações sindicais, uma vez que muitos dos trabalhadores permanecem em funções no horário completo, embora sejam sujeitos a uma redução do ordenado.

Em 24 de março, a Portway avançou à Lusa que decidiu não renovar os contratos a termo, após uma quebra na atividade superior a 90% devido à pandemia covid-19, para assegurar que continua em funcionamento.

“Por esta altura, a quase totalidade dos nossos clientes suspenderam as suas operações nos aeroportos portugueses. A crise provocada pela pandemia Covid-19 está a afetar de forma particularmente grave o setor da aviação e do turismo. Consequentemente, a atividade da Portway registou uma quebra drástica tendo, nestes últimos dias, uma redução superior a 90% face aos movimentos previstos”, indicou, na altura, a empresa de ‘hangling’ (assistência em terra nos aeroportos), em resposta às questões da agência Lusa.

Assim, e sendo “expectável que a situação não melhore”, a empresa adotou medidas imediatas “para assegurar o seu funcionamento”, como a não renovação dos contratos com término nas próximas semanas.

Porém, a Portway garantiu que tenciona voltar a contratar, “à medida que o volume do negócio for recuperando”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

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