A Juventude Socialista-Madeira vai iniciar um conjunto de reuniões com representantes de alunos e de associações de estudantes das escolas da Região e de fora da Região, no sentido de ouvir e perceber esta nova realidade e as vivências dos estudantes no processo de adaptação ao ensino à distância.

“Sabemos que é um tempo novo para as escolas da Região e que tudo aconteceu muito rápido, pelo que é essencial acompanhar e perceber se ninguém está a ficar para trás”, aponta o líder da JS-M, que considera ser fundamental este acompanhamento na Região, mas também com alunos deslocados no continente, “para conseguirmos ter uma visão mais ampla de todo o novo panorama que se desenhou na nossa sociedade e saber como intervir de forma a direccionar as políticas na resolução dos problemas identificados ou na resposta aos novos desafios”.

Olavo Câmara aponta que o “ensino à distância veio aglutinar ainda mais as desigualdades sociais existentes na nossa sociedade e no acesso ao ensino, nomeadamente no acesso aos meios e ferramentas digitais, que hoje são essenciais, não só pelo ensino a distância, mas também na forma tradicional, numa óptica de complemento, que tem de ser garantido a todos os alunos”. “Infelizmente, esta crise mostrou que existe muita desigualdade social e que isso é evidente no acesso ao ensino, pelo que é essencial garantir uma resposta efectiva”, acrescenta o líder dos jovens socialistas madeirenses.

A JS-Madeira reconhece que a suspensão das aulas presenciais foi essencial para travar o contágio de Covid-19 e reconhece todo o trabalho desenvolvido pelas partes envolvidas, não só pelas escolas, como também o esforço enorme dos professores, das famílias e dos alunos, para se adaptarem aos novos tempos. “Este esforço, como sabemos, tem dado resultados no combate à Covid-19 e agora é fundamental garantir que o acesso e sucesso escolar adaptados aos novos tempos mantêm os bons resultados escolares”, diz.

As reuniões deverão acontecer ao longo da próxima semana e terão vários interlocutores da estrutura da JS, quer os seus deputados, Olavo Câmara e Marina Barbosa, quer os presidentes concelhios da JS, junto de vários representantes de alunos ou de associações de estudantes. Os encontros têm como objectivos encontrar uma resposta coordenada para cada problema identificado no imediato, mas também lançar a discussão e desafios para uma escola pós-Covid-19, que terá de ser diferente. “Diferente porque já era uma necessidade actual e porque tudo mudou”.