>
País

Suspeitas de matar jovem no Algarve terão agido por motivos económicos

Foto Shutterstock
Foto Shutterstock

As duas jovens detidas na quinta-feira por suspeitas da morte de outro jovem no Algarve terão agido por motivações económicas, para se apoderarem de quantias monetárias da vítima, indicou hoje o director da Polícia Judiciária (PJ) de Faro.

As detidas, de 19 e 23 anos, são suspeitas dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver, ocorridos entre os dias 20 a 25 de março - quando a vítima, com 21 anos, terá sido desmembrada -, tendo depois, a 27 de Março, sido encontradas partes do corpo nas zonas de Sagres e de Tavira.

De acordo com o director da PJ de Faro, António Madureira, o crime “estará eventualmente relacionado com motivações económicas”, uma vez que a vítima “tinha algum dinheiro” e houve “efectivamente uma tentativa de apropriação de quantias monetárias por parte das suspeitas”.

Segundo aquele responsável, O jovem, residente no Algarve, “foi morto por asfixia, crime que terá sido cometido na casa de um dos envolvidos e o desmembramento [do corpo] terá ocorrido a seguir ao crime, num local também no Algarve”.

“O transporte do corpo foi feito numa viatura de um dos envolvidos”, frisou aquele responsável em declarações à Imprensa, nas instalações da directoria de Faro da PJ, sem concretizar o local para onde o corpo foi levado.

De acordo com António Madureira, os investigadores recolheram fortes indícios de as duas jovens “terem atentado contra a vida do jovem, o qual conheciam, tendo uma delas alguma proximidade com a vítima”.

“Os investigadores recolheram elementos de prova científica, digital, apreensões, de vigilâncias, com testemunhos que permitiram concluir que as duas cidadãs terão cometido os factos qualificados como homicídio”, referiu.

António Madureira referiu que face aos indícios recolhidos pela PJ “não há razão para acreditar que há mais envolvidos”, mas, ressalva, a investigação é dinâmica, o que quer dizer que podem surgir outros indícios.

António Madureira realçou que o trabalho da PJ foi feito “num período de enormes restrições, ao qual os investigadores souberam dar a resposta a um crime que chocou toda a comunidade, num excelente trabalho de equipa entre Portimão e Faro”.

“Foi um sinal à comunidade que a PJ deu, de que investigação não está suspensa e que, mesmo nos momentos mais críticos, a PJ não vacila e está firme no combate ao crime”, destacou.

As duas mulheres vão ser apresentadas ao Tribunal de Portimão para serem ouvidas em primeiro interrogatório judicial e para aplicação das medidas de coacção, “assim que o tribunal o entenda”, concluiu o responsável.

As suspeitas, ambas residentes no Algarve, estão social e familiarmente inseridas na sociedade e não têm antecedentes criminais.

Fechar Menu