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Desemprego na Noruega dispara em Março devido à pandemia e colapso do petróleo

Foto EPA/LISE ASERUD
Foto EPA/LISE ASERUD

A taxa de desemprego da Noruega subiu para 10,7% em março, um máximo desde a Segunda Guerra Mundial, devido à pandemia da covid-19 e pelo colapso do preço do petróleo.

Dados da Agência de Emprego Estatal (NAV) da Noruega hoje divulgados indicam que em finais de março a Noruega registou 301.000 desempregados, mais 360% que em fevereiro, um número que sobe para 412.000 se se incluírem também as pessoas parcialmente desempregadas que se traduz numa taxa de desemprego de 14,7% da força laboral.

“Temos assistido a uma deterioração dramática do mercado laboral no último mês. Muitas pessoas viram os empregos suspensos e agora há mais de 400.000 inscritos com pedidos de emprego”, sublinhou num comunicado o diretor da NAV, Sigrun Vageng.

Vageng sublinhou que as medidas de confinamento adotadas pelo Governo norueguês desde meados de março atingiram “fortemente” toda a economia e todos os setores.

“Estes números não têm comparação com nada. Estão-nos a afetar três coisas ao mesmo tempo: a pandemia paralisou a economia mundial, o preço do petróleo caiu de forma dramática e as medidas impostas para evitar o colapso do sistema de saúde tiveram grandes consequências económicas”, disse o ministro do Trabalho, Torbjørn Røe Isaksen, à televisão pública NRK.

A Noruega, principal exportador de petróleo e de gás da Europa ocidental, foi atingida duplamente pela crise da covid-19 e pelo colapso do preço do petróleo, que provocou uma depreciação significativa da divisa norueguesa. Além de ter aprovado vários pacotes milionários de ajudas a empresas e trabalhadores, o Governo norueguês anunciou que vai retirar mais dinheiro do que o habitual do Fundo de Pensões Global do Estado do país, o maior do mundo, que já perdeu 1,3 biliões de coroas norueguesas (113.000 milhões de euros) devido à crise provocada pela pandemia da covid-19.

As regras operacionais do fundo permitem que o Governo utilize no máximo 3% do valor do fundo nos orçamentos anuais, embora este limite tenha sido excedido ocasionalmente.

O rendimento dos investimentos do fundo, que coloca as receitas do gás e do petróleo noruegueses no estrangeiro, já desceu em média 16,2%, 23% no caso dos investimentos em ações, os maiores do fundo.

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