Sobe para mais de 40 o número de mortes em explosão em mercado na Síria
Pelo menos 42 pessoas morreram ontem na sequência de uma explosão de um camião cisterna armadilhado num mercado numa região do norte da Síria controlada por tropas turcas, segundo as autoridades locais.
A Defesa Civil síria e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) atualizaram para pelo menos 42 mortes e mais de 40 feridos o resultado de uma explosão que ocorreu ontem num mercado de Afrin, no norte da Síria.
Segundo a OSDH, pelo menos seis combatentes sírios, que lutavam ao lado das forças aliadas turcas, estão entre os mortos pela explosão.
O ataque, que ainda não foi reivindicado, é o mais mortal dos últimos meses, no território do norte da Síria que é controlado pelas forças turcas, que combatem em aliança com soldados sírios.
O número de vítimas pode ainda aumentar, já que há diversos casos críticos entre os mais de 40 feridos, disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
O Ministério da Defesa turco atribuiu a responsabilidade do ataque às milícias curdas das Unidades de Proteção do Povo, numa mensagem divulgada através da rede social Twitter.
Localizada na província de Alepo, na Síria, a região curda de Afrin foi conquistada pelas forças turcas em março de 2018, com ajuda de soldados sírios.
Metade dos 320.000 habitantes do enclave de Afrin fugiram das suas casas, durante as ofensivas, segundo as Nações Unidas, e a maioria nunca mais regressou.
Actualmente, a região abriga milhares de civis que se estabeleceram aí depois de serem forçados a abandonar antigos postos rebeldes recuperados pelo regime de Damasco.
Segundos as Nações Unidas e a Amnistia Internacional, a região tem sido palco frequente de ataques, que têm escalado a violência num conflito que se iniciou em 2011, envolvendo várias potências estrangeiras, incluindo os Estados Unidos e a Rússia, provocando cerca de 400.000 mortes.