“Os direitos laborais não foram de quarentena”, alerta o PCP
De acordo com o PCP, neste 1.º de Maio é importante demonstrar que “os direitos laborais não foram de quarentena e denunciar os ataques que estão a ser feitos a quem vive da sua força de trabalho”.
“Os últimos dias dão um perigoso sinal de até onde sectores patronais estão dispostos a ir espezinhando os direitos dos trabalhadores”, diz, acrescentando que isto indicia “um percurso que a não ser travado lançará as relações laborais numa verdadeira ‘lei da selva’”.
O PCP adianta que, na Madeira, apenas nos primeiros dias das medidas restritivas às actividades económicas, no âmbito do combate à covid-19, “inscreveram-se mais de 2.000 trabalhadores no instituto de emprego, a grande maioria trabalhadores com vínculos precários”.
“Na Região, cerca de 2.500 empresa colocaram mais de 30.000 trabalhadores em situação de lay-off. O que é lamentável é que a grande maioria das grandes empresas da Região, as que mais lucraram nos últimos anos com a exploração dos trabalhadores, são as que mais estão a utilizar os apoios da Segurança Social, pois, numa Região em que representam 0,1% do tecido empresarial são responsáveis por cerca de 25% das empresas em lay-off”, sustenta.
Para o PCP “é necessário combater e liquidar o vírus”, não sendo “aceitável que se aproveite o vírus para liquidar direitos”.