Adiamento dos Jogos de Tóquio vai custar “milhões de dólares”
O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, devido à pandemia da covid-19, vai ter um custo adicional de “várias centenas de milhões de dólares” ao Comité Olímpico Internacional (COI), revelou hoje o seu presidente.
“Sabemos que vamos ter de entrar com várias centenas de milhões de dólares por causa do adiamento. É por isso que também é necessário examinar e rever todos os serviços prestados”, disse o alemão Thomas Bach, numa carta aberta enviado ao movimento olímpico.
Por causa do surto do novo coronavírus, os Jogos Olímpicos de Tóquio2020, inicialmente agendados para decorrerem entre 24 de julho e 09 de agosto, foram adiados para 2021 e estão agora marcados entre 23 de julho e 08 de agosto desse ano.
“Vamos continuar a suportar parte da carga operacional e parte dos custos destes Jogos Olímpicos, como foi acordado com os nossos parceiros e amigos japoneses”, garantiu o presidente do COI.
De acordo com o último orçamento divulgado, o COI tem cerca de mil milhões de euros disponíveis para lidar com um possível cancelamento dos Jogos do Tóquio, hipótese que foi na terça-feira levantada pelo presidente do Comité Organizador, Yoshiro Mori, caso a pandemia da covid-19 não esteja controlada nessa altura.
“A prioridade é a criação de um ambiente seguro em termos de saúde para todos os participantes. O COI está a seguir os conselhos da Organização Mundial da Saúde sobre possíveis adaptações aos desportos em massa. Mas, também temos consciência que ninguém sabe como será a realidade do mundo após o coronavírus”, confessou Bach.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 215 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 840 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 948 pessoas das 24.322 confirmadas como infetadas, e há 1.389 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.