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Madeira

Emanuel Câmara denuncia aproveitamento político do deputado Valter Correia

O presidente da Câmara Municipal de Porto Moniz, Emanuel Câmara, denuncia “o aproveitamento político do Fundo Social de Emergência por parte do deputado Valter Correia”.

“Em reuniões mantidas com membros do Governo Regional, incluindo a senhora Secretária Regional da Inclusão Social e Cidadania, tanto eu como alguns dos meus colegas Presidentes de Câmara referimos a necessidade e a pertinência das autarquias serem auscultadas na forma como será gerido o Fundo de Emergência para Apoio Social a nível concelhio, tendo sido realçado que a proximidade dos autarcas à população e o seu conhecimento profundo da realidade dos concelhos são aspectos imprescindíveis a ter em conta na divulgação deste apoio junto de quem efectivamente dele necessita”, diz através de um comunicado de imprensa.

“Desde logo denotou-se que a Secretaria Regional de Inclusão Social e Cidadania não tinha intenção de envolver as autarquias neste processo. Pensando-se que, face a esta relutância em trabalhar em estreita parceria com o poder local, a gestão do fundo seria assegurada pelas dezasseis instituições particulares de solidariedade social designadas como parceiras na Resolução n.º 182/2020, verifica-se que afinal a rejeição da colaboração a autarquia se deve a uma clara intenção de envolver directamente neste processo atores com que daí venham a colher dividendos políticos”, acrescenta.

Emanuel Câmara questiona como é que o deputado está “a participar activamente na recepção de candidaturas a este fundo, na Casa do Povo Porto Moniz, entidade aparentemente mandatada pela ADENORMA, ludibriando a população e fazendo-a acreditar que este apoio não é do Governo Regional, mas sim do PSD/Madeira”.

“Se havia de facto necessidade de designar uma entidade parceira para gestão do Fundo no concelho do Porto Moniz, aproximando este apoio da nossa população, porque razão se desencadeia esse processo à socapa e procurando fazer uso da fragilidade da população para promoção de forças partidárias”, acrescenta, perguntando “que fundamento legal existe para ser o deputado Valter Correia interlocutor neste processo”.

Diz ainda que “os membros do Governo Regional têm por diversas vezes referido que não se deve fazer política com a situação actual, mas envolver o deputado Valter Correia na recepção de candidaturas ao Fundo de Emergência para Apoio Social mostra que se está a fazer um claro uso deste apoio para fins políticos”.

“O bem-estar da nossa população e a resposta às suas necessidades básicas não serão assuntos sérios demais para com eles se fazer política? Que dignidade e respeito pela população têm políticos que se servem da fragilidade e dificuldade alheias para fazer uma espécie de campanha eleitoral antecipada?”, atira em jeito de conclusão.

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