Activista madeirense apela a líderes europeus para que apoiem o acesso à vacina para a covid-19
Rúben Castro, 29 anos, é um jovem madeirense que reside na Bélgica, onde integra o programa da ‘ONE Global Activist’, focado na luta contra as desigualdades sociais.
Neste momento, encontra-se em campanha durante a semana Mundial de Imunização, organizada pela Organização Mundial de Saúde, com o objectivo de garantir que os líderes europeus apoiem o acesso e a distribuição iguais de uma futura vacina para o covid-19, de modo a que os países mais pobres do mundo tenham acesso à vacina ao mesmo tempo que as nações desenvolvidas.
Na próxima segunda-feira, dia 4 de Maio, a União Europeia – em conjunto com a França, Alemanha, Reino Unido, Noruega e Arábia Saudita – lançará uma Resposta Global ao Coronavírus. A União e os seus parceiros pretendem atingir a meta de 7,5 mil milhões de euros em financiamento inicial de modo a garantir que todas as vacinas, diagnósticos e tratamentos para o coronavírus estejam disponíveis e sejam acessíveis em todo o mundo.
Rúben Castro espera que o primeiro-ministro português, António Costa, apoie também os esforços da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (GAVI), “de modo a ajudar e a garantir que a imunização contra doenças como a poliomielite não seja interrompida nos países mais pobres do mundo e deste modo evitar uma carga adicional nos já sobrecarregados sistemas de saúde durante a resposta ao Covid-19”.
“É fundamental que qualquer futura vacina para a covid-19 seja disponibilizada para todos os países. É importante, também, que os esforços dedicados à vacinação de rotina, para doenças como o sarampo, continuem”, sublinha o jovem em comunicado de imprensa.
Rúben Castro entende que “não podemos baixar os braços e repetir os erros do passado” e relembra que, em 2019, durante o surto de Ébola na República Democrática do Congo, o número de pessoas que morreram de sarampo foi o dobro das que morreram de Ébola. “Isto aconteceu devido à interrupção dos cuidados de saúde e dos programas de vacinação de rotina. A igualdade deve estar no âmago da resposta global a esta crise. Nenhum de nós estará em segurança até que todos estejamos seguros”, sustenta.