Campeonatos que regressem à actividade vão apresentar protocolo sanitário
UEFA informou hoje que todos os campeonatos de futebol que planeiam um regresso à atividade irão apresentar protocolos sanitários e condições operacionais que garantam a saúde dos envolvidos.
“Todas as organizações de futebol que estão a planear o reinício das suas competições vão produzir protocolos que definam as condições sanitárias e as condições de operacionalidade, assegurando que a saúde dos envolvidos nos jogos está protegida (...)”, indicou o organismo em comunicado.
Na nota, o presidente do Comité Médico da UEFA, Tim Meyer, também membro do grupo que tem analisado um possível regresso do futebol, especificou a produção de um protocolo como condição necessária a um regresso.
“Nessas condições, e em total respeito com a legislação local, é possível planear o regresso das competições suspensas durante a época de 2019/20”, indicou o responsável clínico do organismo europeu do futebol.
Na Europa, a maior parte das Ligas suspenderam a atividade após o fim de semana de 07 e 08 de março, devido à crise sanitária existente com a propagação do novo coronavírus, e nos últimos os campeonatos de França e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto países como Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal preparam o regresso à competição.
Com a declaração de pandemia, em 11 de março, inicialmente alguns eventos desportivos foram disputados sem público, mas, depois, começaram a ser cancelados, adiados -- nomeadamente os Jogos Olímpicos Tóquio2020, o Euro2020 e a Copa América -- ou suspensos, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais de todas as modalidades.
Em Portugal é esperada uma comunicação em relação ao desporto na quinta-feira, por parte do primeiro-ministro, António Costa, depois de se ter reunido na terça-feira com a Federação Portuguesa, Liga e os presidentes dos três maiores clubes, Benfica, FC Porto e Sporting.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 217 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Perto de 860 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.