Hospital Nélio Mendonça tem nova Unidade de Internamento Polivalente para doentes Covid-19
O SESARAM tem desde ontem, 27 de Abril, uma nova Unidade de Internamento Polivalente no Hospital Dr. Nélio Mendonça (HNM) que permite uma resposta aos utentes com infecção pelo SARS-CoV-2, sendo, na prática, uma “unidade de internamento para os doentes com infecção Covid-19”, refere Júlio Nóbrega, Director Clínico d Serviço Regional de Saúde (SESARAM)
Tal como o DIÁRIO publicou na sua edição impressa de 23 de Abril, as obras que decorriam no 3.º piso do Hospital Dr. Nélio Mendonça, foram concluídas, após várias paragens e adiamentos forçados, passando a dispor de mais um espaço dedicado à Covid-19.
Segundo nota do SESARAM, esta nova unidade permite internar 30 pessoas em simultâneo e é polivalente na medida em que “pode internar doentes com diferentes especialidades, ou seja, doentes que partilham entre si o facto de estarem infectados pela Covid-19 mas que poderão ser doentes da área pediátrica, adultos e, dentro destes, doentes que poderão ser insuficientes renais, grávidas ou apenas com a infecção da Covid, sendo este um factor determinante de internamento”, afirma o director clínico através de comunicado enviado à redacção.
Esta nova área agora disponibilizada dá resposta a situações diversas, onde “as camas disponibilizadas podem ser para doentes de enfermaria com monitorização básica” e onde podem ser escalonados “os cuidados necessários de acordo com as necessidades fisiopatológicas do doente”.
A estrutura permite tratar de doentes críticos que precisam de ventilação artificial, de uma monotorização mais agressiva, ou de técnicas de substituição da função renal (hemodiálise) contínua ou intermitente.
Esta unidade está ainda dotada de áreas diferenciadas de acordo com a contagiosidade do doente. “Isto significa que há cuidados próximos ao doente com níveis de equipamento diferentes, pelo que foram definidas áreas vermelhas (de proximidade), amarelas (mais distantes) e verdes, em que aquilo que se exige ao profissional é usar os equipamentos adequados”, explica Júlio Nóbrela, salientando ainda que esta unidade tem três isolamentos de pressão variável, ou seja, salas onde se consegue controlar a pressão.
Júlio Nóbrega explica que num doente com Covid-19 o que se pretende é que este não contagie o ambiente exterior ao confinamento, “pelo que se cria uma pressão negativa no interior do isolamento”.
Esta nova área acresce aquela que já existia na unidade de Medicina Nuclear e Urgências exteriores com capacidade de 40 camas.