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Madeira

Autarquia de Santa Cruz critica falta de apoio de Jorge Carvalho a crianças do concelho

Em causa está a falta de apoio da Secretaria Regional de Educação a 249 alunos de Santa Cruz que passam por carências alimentares.

Depois de ter solicitado à Secretaria Regional de Educação, a 21 de Abril, ajuda para reabrir algumas cantinas escolares no concelho de Santa Cruz, com vista a ajudar 249 crianças que passam por carências alimentares devido ao fecho das escolas, a Câmara Municipal de Santa Cruz lamenta que ainda não tenha obtido qualquer resposta por parte do secretário Jorge Carvalho.

Filipe Sousa diz não se surpreender com tal atitude, mas considera surpreendente que o secretário tenha dito ontem na RTP, que “não vê necessidade de reabrir as cantinas escolares, pois esse tipo de ajuda está a ser disponibilizado pelas juntas de freguesia, câmaras municipais e Casas do Povo”.

Face a estas declarações, o presidente da Autarquia de Santa Cruz diz que nunca recebeu, da parte de Jorge Carvalho “qualquer pedido de informação sobre quais seriam as famílias a passar necessidades”.

Esclarece que “as nossas juntas de freguesia estão a distribuir cabazes às famílias mais carenciadas, e que a Câmara de Santa Cruz vai reactivar o Fundo de Emergência Social e vai abrir muito brevemente inscrições para acesso a Tickets de alimentação”.

Medidas que surgem depois do “silêncio reiterado da Secretaria da Educação, e no autismo de quem não quer ver as dificuldades que as famílias estão a enfrentar”, afirma Filipe Sousa, salientando que, “mesmo sem qualquer apoio do Governo Regional, que prefere injectar dinheiro nas Casas do Povo, tudo faremos para que as nossas crianças não passem fome”.

Recorde-se que após um levantamento feito por esta autarquia, foram sinalizadas 249 alunos que estão a passar carências alimentares decorrentes do fecho das cantinas escolares no âmbito das medidas de contenção da COVID-19.

A informação prestada aos serviços sociais e de educação partiu dos estabelecimento de ensino do concelho e a proposta da Autarquia ia “no sentido de a Secretaria da Educação reactivar os procedimentos já existentes e orçamentados pelo Governo, garantindo assim o acesso à alimentação por parte das crianças provenientes de agregados familiares mais pobres”, refere a Câmara Municipal que tinha proposto entregar os alimentos confeccionados pelas cantinas escolares a quem mais precisa.

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