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Do zero ao + infinito!

O slogan: - “ Ver a luz ao fundo do túnel” é totalmente rarefeito de verdade e de certeza

Neste clima diverso do habitual, mas ainda distante do ambiente duma guerra convencional, vamos passeando o nosso largo tempo disponível, num curto espaço territorial, tentando perceber se algo poderá melhorar, mas totalmente remetidos á nossa insignificância - mesmo pertencendo ao topo da escala animal - perante um “bicho”, maldito, cobarde, bem mais pequeno que uma micra. E, qualquer daqueles slogans, usados habitualmente nestas circunstâncias, não servem, nem ajudam ... mas as boas regras sim e os bons hábitos também. Aquele slogan muito comum ... “A união faz a força”, serviria, se conhecessemos contra quem se deve reunir essa força! Lutar sim, e muito, dentro das instâncias sanitárias, os locais correctos para actuar, com estruturas próprias e muito rigorosas, sem poupar esforços, sem claudicar. E vamos todos vivendo este estranho combate, onde alguns são mesmo combatentes, enquanto outros divergem por aí, onde lhes é permitido divergir ... passear o cão ou o gato, correr ou andar, ir á farmácia ou comprar alimentos. E aqueles que combatem, são esses mesmos quem vai ganhar esta luta ... por todos nós! Porque é o seu trabalho ... e eles, são exactamente aqueles que o sabem fazer. Assim, quem sabe faz e quem não sabe, não faz! E quem não sabe, não pode atrapalhar aqueles que sabem e que fazem!

Quando as populações, nas ruas, nas janelas, varandas e nos terraços, aplaudiram expontâneamente os profissionais de saúde, estavam a agradecer a sua ilimitada disponibilidade, o seu profissionalismo ... mas estariam também a reconhecer e a declarar, uma velada “mea culpa” ?? ... para tantos incógnitos e incansáveis trabalhadores duma classe, que desempenha essa função - tão difícil e por muitos desconhecida - que vai do zero até ao + infinito! Um trabalho que vai até á morte! Ou até, mais do que disso ... porque ainda existe a reanimação, os electro-choques e outros mecanismos capazes de recuperar um paciente ... para a vida terrena! Mas, reparem bem, estes profissionais não estão a fazer nada para além do cumprimento do seu dever ... em linha com um Juramento que fizeram! Como também o fazem os soldados no território duma guerra ou os bombeiros no palco dum incêndio ... que também realizaram o seu Juramento profissional! Alguém se lembrou disto quando deu palmas? Alguém se lembrou, quão diferente pode ser o dever de uma profissão, em relação á maioria de todas as outras? Sejam estas, sejam as forças de segurança dum qualquer país? O seguro de risco nalgumas profissões, será algum favor imerecido ... para o Estado se andar a esquivar? Já morreram, profissionais de saúde nesta pandemia! Mortos em combate, sem qualquer tipo ou mecanismo de defesa! Quantos trabalhos ou profissões existem com um risco inerente de morte? Não se pode pagar o risco de morte com palmas! Pode-se aplaudir e reconhecer a difícil competência de um trabalho! Acho que foi este o significado das palmas!

Tirar um vesícula, não é a mesma coisa que tirar uma imperial! Somos todos iguais ... porque, temos todos cabeça, tronco e membros! O que cada um sabe fazer - a sua “arte” - já não será igual em todos! Mas todos precisamos uns dos outros! Está certíssimo! Embora, alguns façam muito mais que outros, no conjunto produtivo, técnico e profissional, por vezes, ainda sujeitos a um risco de morbilidade ou de morte! Foi preciso chegar um vírus da China - com origem ainda mal esclarecida - para pôr á prova a sociedade mundial, cheia de vícios supérfulos, cheia de muito pouco esclarecimento, cheia de liberdades e garantias, mas muito parca de regras, deveres, de união e de altruísmo, ... salvaguardando, claro, algumas naturais excepções!

Neste ambiente globalizado, torna-se difícil tratar esta nova doença infecto-contagiosa, planetária, desconhecida, surpreendente, “mascarada” ... em que o slogan: - “ Ver a luz ao fundo do túnel” é totalmente rarefeito de verdade e de certeza... porque temos de sair em completa segurança deste túnel! No Japão, voltou o estado de emergência! O que falhou aí ? Voltou uma nova vaga da infecção!

Perante esta enfermidade fenomenal, com uma dinâmica incrível, com surpresas diárias, já não fico surpreendido quando vejo falar do totalitarismo, dos populismos, do daesh, dos talibans ou do boko-haram ... afinal, problemas criados e manipulados por governos e sistemas políticos, que comandam ou des-comandam, a seu belo-prazer, em todo o lado do mundo. E são eles, esses países, os mesmos que vão ter de resolver, tudo aquilo que estimularam e produziram. Vejam o que está a acontecer no norte de Moçambique - um dos países mais pobres do mundo - a ser saqueado por um grupo “armado até aos dentes” afecto ao daesh!

Dispomos de alguns conhecimentos científicos para ganhar este combate, mas, precisamos de sorte, ou melhor, de não ter azar. O vírus não tem olhos e nós temos de usar os nossos, para o tentar “ver” e assim para eliminar a sua difusão! As nossas defesas orgânicas ... cada um tem as suas e normalmente desconhece se são grandes ou pequenas! O vírus ataca na parte mais profunda do pulmão - os alvéolos. Onde se fazem as trocas gasosas para o sangue! Como se defender disto? Com medicinas alternativas? ... - não me falem de medicinas alternativas, porque medicina só há uma ... tudo o resto, são práticas - com exercícios físicos específicos ? ? , tomando vitaminas C, D, e E ou zinco, ? ? ... tudo uma grande treta! Ou somos fortes e resistentes por natureza genética, ... não tem a ver só com a idade, apesar dos idosos e os doentes crónicos, serem necessáriamente mais débeis ... ou então, vamos apanhar a virose e os seus efeitos ... até aonde eles progredirem! Porque isto é uma doença, com virulência ainda desconhecida! E as doenças, tratam-se com os médicos, nos locais próprios. E esta doença, por ser alta e inesperadamente contagiosa ... o mais importante, é protegerem-se, sempre e o melhor possível, ... mas, contabilizando também a protecção dos vossos animais de estimação!

P.S. Sobre as máscaras, hoje não vou falar ... porque, voltarei a falar delas entre 12 e 16 Fevereiro de 2021, no Carnaval!

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