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“Quo Vadis Quarentena!”

O povo, na sua sabedoria, apregoa; “doente que espirra, não morre no dia”; mas a mais adequada aos tempos, que vivemos, é o ditado, “não morre da doença, morre da cura”, neste tempo em particular, poderá morrer da quarentena. Colocar um país, uma região, uma cidade, um município, uma freguesia, em quarentena, a tal “cerca sanitária”, implica na sua implementação saber lidar com o consciente colectivo, implica, considerar, que nem todos os cidadãos, respondem da mesma maneira ao isolamento físico e social: “Queima-lhes o miolo”, em especial, aos que possuem uma personalidade tipo “casca-de-banana”. Estratégia e estrategas. Ora, a quarentena, poderia ser implementada, talvez, sem se retirar em absoluto a sensação de liberdade, de movimento, de convívio, limitado, mas crucial a uma mente sã, inclusive, no início rigorosa, como a cerca sanitária, mas num terreno onde o controlo absoluto, permitiria uma sensação de liberdade e de movimento condicionado a uma área cuja dimensão poderia transmitir uma certa sensação de liberdade e de contacto seguro, com “controlo”. Fico com a sensação, que medidas extremas, foram tomadas, e consideradas actos de coragem, de liderança, e de boa governação: discordo por completo, porque desde o inicio e se o objectivo era a contenção da propagação, o isolamento de toda a RAM, por um conjunto de cercas sanitárias, com postos de controlo entregues ás forças de segurança e militares, seria uma opção radical, que agora estaria a ser avaliada e quiçá aliviada. Queríamos encerrar o aeroporto, não deixaram, então com as cercas sanitárias implementadas desde o inicio da pandemia, tudo o que entrasse não sairia de Santa Cruz, nem passariam de Machico, e tudo o que pudesse ser recambiado o seria de forma imediata, assim, costa teria um aeroporto a funcionar, mas com a utilidade limitada pelas cercas sanitárias onde está implementado. Julgo que a continuar a quarentena, a mesma tem de considerar que não pode “infectar o consciente colectivo”, corremos o risco de uma cerca mental, sem aqui me referir a determinadas profissões como bombeiros, polícias, e profissionais de saúde, que estão no limite da exaustão física e emocional. Para onde nos conduzem, em quarentena? A sorte protege os audazes.

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