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Mais 78 requerentes de asilo em Portugal fizeram testes de despistagem hoje de manhã

Foto EPA
Foto EPA

Setenta e oito requerentes de asilo que se encontram num ‘hostel’ na freguesia de Arroios, em Lisboa, fizeram hoje o teste de despistagem à covid-19, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).

De acordo com a mesma fonte, dois funcionários do ‘hostel’ localizado na Rua Passos Manuel, a Lisbon Bangla Guest House, foram igualmente testados.

Na sexta-feira, o ministro da Administração Interna adiantou que o Governo iria promover a realização de testes à covid-19 relativamente a requentes de asilo que se encontram a aguardar decisão administrativa e judicial em alojamentos colectivos, sobretudo na área de Lisboa.

A mesma fonte do MAI acrescentou que nos próximos dias irão continuar a ser feitos testes de despistagem em outros alojamentos, no âmbito de uma “operação de prevenção”.

No sábado, o delegado de saúde de Lisboa e Vale do Tejo tinha adiantado à Lusa que os testes de despistagem aos requerentes de asilo em Portugal já tinham começado a ser feitos e que tinham sido testadas cerca de 30 pessoas.

Na segunda-feira, a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Mónica Farinha, disse à Lusa que o organismo está a acompanhar actualmente 950 requerentes de protecção, dos quais cerca de 800 se encontram em alojamentos externos aos serviços, em ‘hostels’ na cidade de Lisboa.

No dia anterior, um ‘hostel’ localizado na Rua Morais Soares, na freguesia de Arroios, foi evacuado devido a um caso positivo da doença.

A unidade, que foi entretanto desinfectada, albergava perto de 200 pessoas em cerca de 40 quartos, segundo as autoridades.

Posteriormente, os 171 migrantes que estavam hospedados no ‘hostel’ foram transportados para a Base Aérea da Ota, em Alenquer.

Destes requerentes de asilo, 136 testaram positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sete com resultados inconclusivos e 26 com testes negativos.

No entanto, quando foram realizados os testes à covid-19 aos migrantes alojados no ‘hostel’, 25 não estavam presentes.

A pedido das autoridades sanitárias, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) realizou várias averiguações e, na quarta-feira, anunciou que tinha detectado 19 dos 25 cidadãos estrangeiros.

Dos seis desaparecidos, um foi localizado no Reino Unido, tendo o SEF precisado que terá saído de Portugal antes de ser detectado o caso de covid-19 no ‘hostel’.

Na sexta-feira, fonte do SEF indicou que continuam a ser feitas diligências para localizar os outros cinco migrantes desaparecidos.

De acordo com os dados do CPR, em 2019 pediram asilo cidadãos de cerca de 70 nacionalidades diferentes.

Os requerentes de protecção internacional estão, durante todo o procedimento, em situação regular em Portugal, segundo a legislação em vigor.

A Lei do Asilo estipula que o apoio social e de alojamento é assegurado apenas àqueles que se encontram em situação de carência económica, podendo este apoio cessar a qualquer momento, assim que se deixe de verificar os pressupostos dessa situação.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infectou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Portugal contabiliza 903 mortos associados à covid-19 em 23.864 casos confirmados de infecção, segundo o boletim diário da Direcção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

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