“É lamentável que o deputado Carlos Pereira, na sua habitual ânsia de protagonismo, venha a público confundir, deliberada e demagogicamente, a opinião pública, misturando e comparando situações incomparáveis e cenários normais com excepcionais, numa narrativa que deixa clara, mais uma vez, a sua falta de compromisso para com o povo da Madeira e do Porto Santo”.

A afirmação é da deputada do PSD/M eleita à Assembleia da República, Sara Madruga da Costa, depois do deputado socialista ter dito que a Madeira tem de adaptar lei para empresas terem apoio extra no âmbito das medidas extraordinárias tomadas pelo Governo da República devido à pandemia de covid-19, conforme noticiou o DIÁRIO.

O que os deputados do PSD/M estão a solicitar ao Governo da República, clarifica Sara Madruga da Costa, “é que este reveja a portaria para incluir as empresas da Madeira e dos Açores no acesso a estes apoios, fundamentais numa altura excepcional que obriga à adopção de medidas excepcionais”.

“Considera-se, assim, que esta reivindicação - essencial para os nossos empresários Madeirenses - não é nada de tão grave ou de tão difícil que justifique a postura e o ruído do Deputado Carlos Pereira, sempre mais preocupado com Lisboa e em defender os interesses do Governo da República do que com o povo que o elegeu”, sustenta a social-democrata numa nota remetida à imprensa.

No entender do PSD, “em vez do deputado Carlos Pereira perder tempo com reacções politiqueiras”, “deveria juntar-se a estes na defesa da Madeira em São Bento e exigir ao Governo, do seu partido, que corrigisse esta injustiça para com os empresários regionais”.

A parlamentar ‘laranja’ termina dizendo que “se o referido deputado tivesse falado com o Governo Regional - como diz que falou - e caso estivesse por dentro do assunto, saberia que o executivo regional já pediu a intervenção do Governo da República junto da Comissão Europeia para que a dotação do PO Madeira 14-20 seja reforçada, de forma a não condicionar o combate imediato à crise económica social e de saúde pública que se faz sentir numa região ultraperiférica como a da Madeira”.

Segundo Sara Madruga da Costa, até à data, o Governo da República continua sem responder a esta e às demais solicitações do Governo Regional.