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País

Açores com duas cadeias de transmissão extintas

O responsável da Autoridade de Saúde da Região anunciou hoje que duas das quatro cadeias de transmissão local de covid-19 identificadas na ilha de São Miguel, a maior do arquipélago açoriano, já foram “extintas”.

Nos Açores, a 25 de março foi identificada a primeira cadeia de transmissão local e, desde então, foram identificadas um total de sete cadeias de transmissão na região.

O responsável da Autoridade de Saúde Regional, Tiago Lopes, falava em Angra do Heroísmo, na Terceira, no ponto de situação diário sobre a evolução do surto de covid-19 nos Açores, onde acrescentou que Flores, Corvo e Santa Maria continuam “sem qualquer registo” de casos positivos de infeção por covid-19, enquanto os concelhos de Vila Franca do Campo, Lagoa (ambos em São Miguel) e Calheta de São Jorge “deixam de registar hoje casos positivos ativos”.

Mantêm-se as ilhas do Faial e Graciosa com cinco casos cada uma, de infeção pelo covid-19.

Fazendo o balanço das sete cadeias de transmissão local, o responsável explicou que, na ilha Terceira, as duas cadeias de transmissão local primária do novo coronavírus, com origem em viagem ao exterior, estão “confinadas”, o mesmo sucedendo com o Pico, cuja cadeia de transmissão primária, com origem em viagem ao exterior da região, “está também confinada”.

Tiago Lopes, também diretor regional da Saúde, avançou que está “dada como extinta”, por via “da recuperação total dos três casos positivos” uma das cadeias de transmissão primária do concelho da Povoação (ilha de São Miguel), com “origem em viagem ao exterior”.

“Por outro lado, no concelho de Ponta Delgada (ilha de São Miguel) uma outra cadeia de transmissão, também ela primária, através do possível contacto com um cidadão residente no continente, damos também, por hoje como extinta, por via da recuperação dos três casos positivos que a originaram”, disse.

Quanto às outras duas cadeias de transmissão, na ilha de São Miguel, nomeadamente uma em Ponta Delgada e a outra no concelho da Povoação, “qualquer uma delas está confinada”, de acordo com a Autoridade de Saúde dos Açores.

Segundo o mesmo responsável, a cadeia que se originou na Povoação e que “deu origem a uma cadeia de transmissão primária, secundária, terciária e quaternária e que envolveu 68 casos positivos” está “igualmente confinada, não tendo ao longo dos últimos dias e ao longo da última semana qualquer registo de disseminação e propagação ao nível comunitário”.

Ainda em relação àquela cadeia de transmissão que se originou no concelho da Povoação, o responsável lembrou que houve “a preocupação com a transmissão secundária, terciária e quaternária que se originaram, nomeadamente por via do impacto que teve no Hospital de Ponta Delgada e do Lar de idosos do Nordeste”, mas “até ao momento não existe qualquer tipo de registo de novos casos associados aquela cadeia, nem qualquer tipo de disseminação ou propagação ao nível da comunidade”.

São Miguel está “sem casos identificados” de covid-19 “desde há quatro dias”, a Terceira “há cerca de três semanas”, a Graciosa “desde há uma semana”, São Jorge sem registo de infetados “desde há cinco semanas”, o Pico “há quase três semanas” e o Faial “sem casos há cerca de quatro semanas”.

Nos Açores, a faixa etária predominante de infetados continua “acima dos 80 anos por via do impacto do número de casos ao nível do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia do Nordeste” (São Miguel) e com “uma maior predominância do género feminino”, referiu Tiago Lopes.

O responsável regional indicou que existem nos Açores 663 casos que aguardam resultado ou colheita e 2145 vigilâncias ativas, evidenciando que “hoje foi o dia em que se registou um maior número de casos recuperados nos Açores desde o início do surto”.

Até ao momento, já foram detetados nos Açores um total de 138 casos, verificando-se 34 recuperados, 10 mortes e 94 casos positivos ativos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, sendo 70 em São Miguel, três na Terceira, cinco na Graciosa, dois em São Jorge, nove no Pico e cinco no Faial.

As 381 análises realizadas nos dois laboratórios de referência da Região” (São Miguel e Terceira) nas últimas 24 horas não revelaram casos positivos de covid-19 na região, mas há a registar a morte de uma mulher de 99 anos que estava internada no Centro de Saúde do Nordeste, em São Miguel, e sete novos casos recuperados, cinco dos quais homens, entre os 23 e 52 anos, residentes nas ilhas de São Miguel, Terceira e São Jorge, e duas mulheres, com 19 e 59 anos, residentes em São Miguel.

Em todo o país, houve até hoje 903 mortos associados à covid-19 em 23.864 infeções com o novo coronavírus, segundo a Direção-geral de Saúde.

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