Em Abril: dois pesos e duas medidas...
O Parlamento tem estado a funcionar dentro deste período de cautelas.
Seria estranho que assim não fosse. E na dita casa da democracia, não homenagear o 46º aniversário do 25 de Abril, data gloriosa da História de Portugal, é que seria também suspender a democracia. Festejar na rua é óbvio que, infelizmente, não se pode. Votou-se na Assembleia da República três estados de emergência que foram apoiados pelos criadores duma petição pública contra aquelas comemorações(!). Em que ficamos? A AR pode reunir para suspender liberdades, direitos e garantias dos trabalhadores, mas já não pode comemorar o 25 de Abril? Mais fácil apanhar um demagogo do que um coxo...
Nesta matéria, os orgãos decisores do evento deveriam ter chegado ao número actual de pessoas presentes. Não teria havido lugar a petições. Quem é contra não gosta da génese do 25 de Abril! O presidente da AR tem razão ao defender a celebração e, mais ainda, quando a situação política não pode estar à mercê de populismos extremados da direita, que sempre odiaram Abril!
Por ter sido presidente da República, Cavaco Silva, iria à comemoração. Mandou dizer que já não ia e educadamente nem justificou... O que é que este figurão tem a ver com o 25 de Abril? Nada! Agradecemos que tenha recusado.
O 25 de Abril é amado, sobretudo, pelos mais vulneráveis...
Vítor Colaço Santos