Alemanha supera os 150 mil casos diagnosticados
A Alemanha registou até hoje 150.383 casos de contágio pelo novo coronavírus, o que revela um aumento de 2.337 em relação ao dia anterior, e 5.321 vítimas mortais, um crescimento de 227 nas últimas 24 horas.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Robert Koch (RKI), há agora um valor aproximado de 106.800 pessoas consideradas curadas, um crescimento de 3.500.
O ministro da saúde, Jens Spahn, defendeu hoje a utilização de uma aplicação no telemóvel para detetar quem tenha estado em contacto com um doente infetado com covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Em declarações ao programa “Morgenmagazin” da ZDF, Spahn assumiu entender as razões das críticas ao recurso a essa aplicação, mas insistindo que o objetivo da sua utilização é importante.
“Trata-se de informação delicada, da proteção de dados. Mas a meta é que se alguém se contagia, possamos encontrar rapidamente as pessoas com quem tenha tido contacto”, sublinhou.
O vice-diretor do RKI, Lars Schaade, revelou esta terça-feira existir um “perigo fundamental” de uma segunda vaga de infeções no país “se todas as medidas restritivas forem removidas demasiado cedo”.
Vários estados federados da Alemanha já permitiram a reabertura de vários comércios e escolas, aplicando o uso obrigatório de máscaras de proteção. Em Berlim, por exemplo, os parques infantis vão poder voltar a ser usados já a partir do dia 30 de abril.
Ainda assim, multiplicam-se as queixas de uma ação não coordenada entre todas as regiões alemãs, o que já levou a própria chanceler Angela Merkel a falar de uma “orgia de discussões”.
Já hoje o líder do governo da Turíngia, assumiu à estação MDR que o combate ao novo coronavírus nos 16 estados “não é tão sincronizado quanto gostaria”, dando o exemplo do uso de máscara, uma decisão que não foi tomada por todos em conjunto.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 190 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 708 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.