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Israel alivia restrições com abertura de numerosas lojas

O governo israelita aprovou hoje uma nova diminuição das restrições relativas à pandemia, autorizando a abertura de muitas lojas e negócios, embora com condições, para pôr gradualmente a funcionar a economia do país.

Há menos de uma semana as autoridades anunciaram a reabertura das livrarias, lojas de ferragem e eletrodomésticos.

Hoje o governo anunciou que, com exceção dos centros comerciais, todas as outras lojas podem abrir as portas a partir de domingo, respeitando as condições sanitárias como a utilização de máscaras e a limitação do número de clientes por loja em defesa do distanciamento social.

Até os restaurantes e cafés podem reabrir, ainda que parcialmente, ou seja, para vender para consumo em casa. Até agora apenas as entregas ao domicílio eram autorizadas.

Os cabeleireiros e centros de beleza também podem receber clientes, desde que o seu número seja limitado.

“Estas medidas são válidas até 03 de maio”, indicaram num comunicado conjunto o gabinete do primeiro-ministro e os ministérios das Finanças e da Saúde.

Israel anunciou o seu primeiro caso da covid-19 a 21 de fevereiro e já registou mais de 14.800 infetados e 193 mortos.

Segundo uma sondagem divulgada hoje pelo jornal Maariv, uma maioria (60%) dos israelitas avalia favoravelmente a ação do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para travar a propagação do vírus, mas a mesma proporção de inquiridos rejeita a sua ação para salvar a economia do país.

Antes da crise, a taxa de desemprego em Israel era de 3,4% e já está à volta dos 25%, depois de um milhão de pessoas ter perdido o emprego, pressionando o governo para reduzir o confinamento ou ajudar as empresas.

O governo aprovou hoje uma ajuda aos trabalhadores independentes e às pequenas empresas no valor de oito mil milhões de shekels (cerca de 2,1 mil milhões de euros).

Cerca de 200.000 mortos e mais de 2,7 milhões de infetados em 193 países e territórios é o balanço da pandemia a nível mundial, segundo a agência France-Presse.

A doença covid-19 é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia.

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