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Presos amotinam-se em Buenos Aires para exigir prisão domiciliária

Fotos EPA
Fotos EPA

Um grupo de reclusos amotinou-se hoje no estabelecimento prisional de Villa Devoto, em Buenos Aires, reclamando o acesso ao regime de prisão domiciliária, por recearem a propagação da pandemia dentro daquela prisão.

De acordo com testemunhos recolhidos pela agência espanhola Efe, vários prisioneiros subiram ao telhado daquela unidade penitenciária, com os rostos cobertos e utilizando armas improvisadas, enquanto exibiam a seguinte faixa: “Covid-19 está em Devoto, juízes genocidas. O silêncio não é o meu idioma”.

O Ministério da Justiça argentino confirmou que os reclusos pediram “uma liberdade vigiada, com pulseira eletrónica” ou de outro modo, por causa da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

“O Serviço Penitenciário também fez uma listas das pessoas que, devido às suas circunstâncias de saúde, será melhor não estarem dentro do estabelecimento penal em caso de doença”, acrescentou a tutela.

Entretanto, as autoridades foram mobilizadas para a prisão de Villa Devoto para controlar o motim e retirar os reclusos do telhado.

O oficial da polícia encarregado de gerir o incidente, Eduardo Taiano, disse que ainda não é conhecido o número total de reclusos que se amotinaram.

Nos últimos dias também se registaram motins em outras prisões argentinas, levando algumas delas a suspender as visitas.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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