As Missas dos “galos”!
Vai aí uma preocupação com a reiniciação das missas,quer pelo poder Episcopal, quer pelas entidades governamentais, que nem no tempo do Cerejeira aconteceu. A fome negra sempre que se gruda ao estômago vazio, e a miséria faz soar os sinos, a salvação e a acalmia pode estar nas santas mas ineficazes missas, já que futebol nem vê-lo, e o fado esse toca ao ritmo antigo, cada vez mais. Reentramos na política dos 3 efes, tão criticado em tempos, que qualquer campainha que soasse assustava mais que acalmava. Ao que parece as autoridades também se batem por elas de mãos erguidas, e o credo na boca. Mas elas andam por aí, através de meios modernos com tecnologia de ponta e sem auxiliares, que ajudam o padre de serviço a espalhar a Fé que resiste e tudo salva. Tal como dizia Vitorino Nemésio - “ eu sei que o que é preciso é Fé, mas ela a mim falta-me”. Ora eu interrogo-me sempre que as calamidades acontecem, por que elas caem sempre sobre as cabeças dos eternos pobre e desvalidos, mais vezes do que em cima dos abonados e confinados a viver na abundância e rodeados de mil cuidados, instalados em reais condições e bons aposentos, e não em barracas à beira de uma tigela de sopa sem feijão, dada de tempos a tempos, e enriquecida por uma qualquer Oração de um qualquer Cerejeira que tenha escapado ao “vírus pacífico” que levou o adjunto de Salazar? Desde há séculos que a miséria fez dobrar a Humanidade e a entorpece e a emudece, e a mete fechada em casa, já que o povo não pode sair para lado nenhum, pois não tem posse nem para ir dar esmola ao padre, nem para dar um simples passeio de bicicleta, até pelas redondezas da sua barraca. Os políticos, interpretam isto, como tal comportamento se deve a sermos um povo bem mandado. É verdade. Somos de facto um povo submisso, e por isso vivemos no meio de lixo e da fartura deitada ao bidão, pelos que não conseguem consumir tudo e desnudar os indigentes. As missas estão assim descapitalizadas, a caixa de esmolas não dá para o pároco beber um copito do das missas, e o povo anda desconsolado, como andou sempre. Nem o terço enrolado nas mãos lhes recompensou por tanta Fé, ausente, agora de junto ao Altar. Porém a Conferência Episcopal daqui e dali, os quer de regresso, que o vinho está a acabar, e as flores vão murchas que outras santas beatas costumam ir lá embelezar com amor e paixão, mal o sol nasça, a manhã rompa, e dobrem as badaladas que as reclamam. O governo actual, que veio da discussão de Abril, também que o povo sereno, e a continuar em casa cheio de esperança e de coração ao alto!