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Desporto

Futebolistas apreensivos com regresso das competições em Espanha

A Associação de Futebolistas Espanhóis (AFE) expressou hoje a preocupação dos jogadores da I e II ligas, perante um regresso das competições no país, salientando que “a saúde é o mais importante”, face à pandemia de covid-19.

“A saúde é o mais importante, não de forma individual, mas com sentido de responsabilidade coletivo para todos os participam no futebol e sem esquecer as nossas famílias”, manifestou a AFE, através de cartas endereçadas ao Ministério espanhol da Saúde, e ao Conselho Superior do Desporto (CSD).

Na missiva, a associação pede ao CSD espanhol, em convergência com as autoridades de saúde pública, que garanta aos jogadores “total segurança no regresso à competição”.

“Preocupa-nos que, na atual situação de pandemia, o processo de retorno à competição não seja feito através de normas claras impostas pelo Ministério da Saúde, que é a entidade que nos pode dar totais garantias de segurança, para que se evitem contágios”, transmitiu a AFE.

Na segunda-feira, a Liga espanhola e a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) chegaram a acordo para um regresso aos treinos no futebol profissional, “num cenário condicionado à evolução da pandemia da covid-19 e às decisões adotadas pelo Ministério da Saúde”, segundo adiantou o Conselho Superior do Desporto.

De acordo com a imprensa espanhola, a Liga já desenhou um protocolo para o regresso, que compreenderá, entre outras medidas de segurança, testes de diagnóstico à covid-19 e treino individual a anteceder sessões de grupo.

O campeonato espanhol, liderado pelo FC Barcelona, foi suspenso em 12 de março, quando estavam decorridas 27 jornadas, devido à crise mundial de saúde pública provocada pelo novo coronavírus.

Espanha é o terceiro país do mundo mais afetado pela pandemia, depois dos Estados Unidos e da Itália, com um total de 21.717 mortos e mais de 208 mil casos confirmados de infecção.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 593.500 doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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