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Egipto prolonga recolher obrigatório durante o Ramadão

Foto EPA
Foto EPA

O Egipto prolongou hoje o recolher obrigatório durante o mês do Ramadão no quadro da luta contra o novo coronavírus, ao mesmo tempo que anunciava tímidas medidas para o recomeço da atividade económica.

“O recolher obrigatório inicia-se às 21:00 (20:00 em Lisboa) e termina às 06:00 (05:00)” durante todo o mês sagrado de jejum que começa na sexta-feira, declarou o primeiro-ministro egípcio, Mustafa Madbuli, numa conferência de imprensa no Cairo.

Em vigor desde 25 de março, o recolher obrigatório começava inicialmente às 19:00 (18:00 em Lisboa) e passou desde o início de abril para as 20:00 (19:00).

Por outro lado, as lojas serão autorizadas a abrir todos os dias até às 17:00 (16:00 em Lisboa)

Os restaurantes, fechados desde meados de maio, mas autorizados a fazer entregas ao domicílio, podem agora recomeçar a venda de refeições para levar para casa.

Alguns serviços administrativos reabrirão a partir da próxima semana.

Evocando a necessidade de “relançar a economia”, Madbuli disse esperar um “retorno gradual” à normalidade a partir da festa do Aid, em maio, no final do Ramadão.

“Tentamos encontrar um equilíbrio entre a proteção da saúde dos cidadãos e a manutenção da atividade económica (...) mas a economia foi duramente atingida”, explicou.

Com as suas noites festivas, o mês de jejum do Ramadão é tradicionalmente um período de intenso consumo e reuniões.

País mais populoso do Mediterrâneo com mais de 100 milhões de habitantes, o Egito declarou até agora 3.659 casos de infeção e 276 mortos ligados à covid-19.

Em todo o mundo a pandemia já provocou perto de 184.000 mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios, segundo a agência France-Presse.

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