Escócia prepara desconfinamento e vida num “novo normal”
A chefe do governo autónomo da Escócia, Nicola Sturgeon, apresentou hoje um plano para aliviar as medidas de distanciamento social, mas avisou que “um regresso ao normal como o conhecíamos não se vislumbra no futuro próximo”.
O plano prevê uma “transição controlada” do atual regime de confinamento em vigor desde 23 de março, com a manutenção de medidas de distanciamento social, a necessidade de boas práticas de higiene e vigilância reforçada da saúde pública.
A realização de grandes eventos ou ajuntamentos em bares vai continuar a ser proibida ou restrita durante mais tempo, mas outras medidas poderão ser levantadas gradualmente, seja por grupos etários, áreas geográficas ou atividades económicas.
“O que vamos tentar alcançar é um novo normal, uma forma de viver com este vírus, mas de uma forma que o mantenha sob controlo”, explicou.
Antecipando-se ao governo britânico, que tem recusado discutir como está a preparar a transição, Sturgeon disse que a publicação deste documento pretende “iniciar uma conversa adulta com o público sobre as decisões complexas que estão à nossa frente”.
A Escócia registou até agora 1.120 mortes de pessoas infetadas, um aumento de 58 nas últimas 24 horas, mas o número de pessoas hospitalizadas e em cuidados intensivos desceu desde quarta-feira.
No conjunto do Reino Unido, que, para além da Escócia inclui Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, morreram 18.738 pessoas, mais 616 do que no dia anterior.
As autoridades britânicas acreditam que embora a região de Londres já tenha ultrapassado o pico da curva epidemiológica, noutras regiões a tendência ainda está estável e não começou o declínio.