Portugal entre os países fortes no Índice de Digitalização
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Portugal figura em terceiro lugar no grupo dos países fortes no Índice de Digitalização, apurado pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), depois da Eslovénia e Suécia, de acordo com uma pesquisa.
O Índice de Digitalização da Pesquisa de Investimento do Banco Europeu de Investimento (EIBIS, na sigla em inglês), agrupa os países da União Europeia (UE) de acordo com a avaliação das empresas em termos de digitalização: pioneiros, fortes, moderados e modestos.
Segundo os dados do BEI, a taxa de adoção de tecnologias únicas em Portugal está acima da média da UE e dos Estados Unidos (EUA) para a “internet das coisas”, no setor de infraestrutura, e para plataformas, no setor dos serviços.
O estudo conclui que as taxas de adoção digital em Portugal estão acima da média da UE para todos os setores, exceto no da produção e também acima da média dos EUA para os serviços e infraestruturas.
O documento refere ainda que quase 60% das empresas digitais portuguesas relatam ter aumentado o número de funcionários nos últimos três anos, em comparação com 50% das empresas não digitais.
Ao contrário da UE e dos EUA, em Portugal a produtividade média do trabalho não difere entre empresas digitais e não digitais.
No entanto, o salário médio por funcionário é ligeiramente superior nas empresas digitais do que nas não digitais, mas, ainda assim, abaixo da média da UE.
Entre os obstáculos ao investimento relatados pelas empresas digitais, os “regulamentos comerciais e tributação” são o mais apontado, enquanto a “falta de disponibilidade de pessoal” é o mais citado por empresas não digitais.
O BEI elabora este relatório com o objetivo de perceber quais os principais problemas para as empresas quando se trata da adoção de tecnologias digitais.
Em particular, o documento destaca como o acesso à gestão, mão de obra qualificada e o ambiente regulatório afetam a digitalização de empresas europeias e norte-americanas.
Em 2019/2020, a Dinamarca foi a pioneira em digitalização, seguida pelos Países Baixos, República Checa e Finlândia, que estão todos acima dos Estados Unidos, concluiu o BEI.