Instituto de estatística atribui à doença pelo menos mais 1.500 mortes no Reino Unido
Estatísticas oficiais publicadas hoje indicam que morreram pelo menos mais 1.500 pessoas durante a pandemia covid-19 no Reino Unido do que as 16.500 mortes até agora contabilizadas pelo Governo.
O instituto nacional de estatísticas (ONS) registou 1.043 óbitos em lares de idosos em Inglaterra e País de Gales até 10 de abril atribuídos ao novo coronavírus, dos quais 826 na última semana daquele período, e mais de 500 outras mortes em instituições e casas particulares.
O último balanço divulgado pelo ministério da Saúde britânico referiu 16.509 mortos pela covid-19, mas este número apenas inclui os casos de pacientes hospitalizados.
As estatísticas hoje publicadas mostram que o número total de mortes na semana que terminou em 10 de abril, 18.516, foi o mais elevado numa semana em 20 anos, tendo cerca de um terço de todas as mortes sido causadas pelo coronavírus SARS-CoV-2.
O Governo britânico tem sido pressionado a incluir os casos em lares de idosos nos seus balanços diários devido ao receio que o impacto naquelas instituições esteja a ser subestimado, o qual a Care England, organização representativa das Casas de Repouso independentes, estima rondar as 7.500 mortes.
O Reino Unido é um dos países mais afetados, atrás dos Estados Unidos (42.094 mortos e mais de 784 mil casos de infeção, Itália (24.144 mortos, em mais de 181 mil casos), Espanha (20.852 mortos, mais de 200 mil casos) e França (20.265 mortos, mais de 155 mil casos).
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 167 mil mortos e infetou mais de 2,4 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.