Peixe-espada apenas pode ser descarregado na lota do Funchal
O secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, esteve hoje várias horas na lota do Funchal a articular com os responsáveis dos serviços novas medidas de segurança e de protecção, na sequência da cerca sanitária decretada pelo Governo Regional à freguesia de Câmara de Lobos, desde as 00h00 de domingo. A medida apanhou em plena faina algumas embarcações de pesca de Câmara de Lobos, havia alguns dias, outras fizeram-se ao mar horas antes de ter sido decretado o cerco sanitário.
Os portos de Porto Moniz e da Calheta foram o refúgio para alguns espadeiros, mas para evitar conflitos sociais, a secretaria regional de Mar e Pescas decidiu que o porto do Funchal passa a ser o único porto onde podem ser feitas as descargas de pescado.
“As embarcações já estavam sujeitas aos planos de contingência derivados do combate à pandemia Covid-19, em conjugação com os planos de contingência da lota, mas agora, com a questão da cerca sanitária, tivemos que reforçar as medidas, em articulação com a secretaria regional da Saúde”, disse o governante, para esclarecer.
“Quando a embarcação regressa a terra, os pescadores permanecem dentro dos barcos e as descargas são feitas pelos serviços. Os pescadores são põem pé em terra. Se pretenderem voltar ao mar, têm de providenciar os abastecimentos de que precisam, se não quiserem voltar ao mar têm de cumprir a quarentena obrigatória.”