Cláudia Monteiro de Aguiar exige ajudas directas para o turismo português
A Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu debateu, hoje, em audição parlamentar, com o Comissário responsável pelo sector Thierry Breton, o impacto da pandemia covid-19 no sector do Turismo e Viagens.
Cláudia Monteiro de Aguiar, deputada do PSD, interveio, dando voz à posição e a várias medidas apresentadas pela Tourism Task Force, já dirigidas por carta, ao mesmo Comissário, há cerca de duas semanas.
“A Comissão Europeia não está a fazer o suficiente! Esperávamos muito mais!”, começou por criticar a deputada madeirense, perante a apresentação da visão sobre o sector anunciada por Thierry Breton.
Ao anunciar que a Comissão entregaria respostas e um plano de recuperação do setor numa Conferência Europeia de Turismo em Setembro, Cláudia Monteiro de Aguiar indignou-se: “se não apresentarmos soluções agora e aguardarmos por Setembro será o fim de muitas Micro, Pequenas e Médias Empresas. O sector precisa de apoio directo, para enfrentar e gerir o imediato”, reforçou.
Dando o exemplo de Portugal como sendo o terceiro país dos 27 Estados Membros mais dependente do Turismo, cujo contributo do sector para o PIB é de 16.5%, a Eurodeputada exige compromisso, vontade e coragem política da Comissão em “apresentar a linha de orçamento para o Turismo que o Parlamento tem vindo a pedir há anos” e que “independentemente do formato, o crucial é que as medidas apoiem os Estados-Membros mais afectados, com base no critério do impacto do Turismo no PIB, como é o caso de Portugal”.
Na sua intervenção o Comissário Breton alertou que “o turismo e viagens de todas as pastas que é responsável enquanto Comissário, está nas suas prioridades, porque não é apenas um dos sectores mais afectados mas também aquele que vai demorar mais tempo a recuperar” anunciando que é necessário “reinventar o sector, usando as novas realidades digitais, da sustentabilidade e económicas”.
O Comissário concluiu que a União precisa de um ‘Marshall Plan” e que o Turismo será o beneficiário número um”.