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Reformados do sindicato dos bancários indignados com ‘lay-off’ do SAMS

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A secção de reformados do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) apelidou hoje de escândalo o encerramento dos serviços médicos dos bancários (SAMS) durante a pandemia de covid-19, criticando a ausência de intervenção política.

“Estamos quase 100 mil beneficiários privados dos médicos assistentes, que conhecem o nosso historial e têm as nossas fichas clínicas. Isto é um escândalo”, disse à agência Lusa Agnelo Furtado, secretário coordenador da secção de reformados do SBSI.

O responsável sublinhou que, no início de abril, já tinha sido feito um apelo ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao primeiro-ministro, António Costa, para determinarem a reabertura dos serviços, mas “passaram vinte dias” e não receberam “nem uma palavra de resposta” do chefe de Estado e do líder do Governo.

“Entretanto, a 06 de abril, a ministra do Trabalho e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, autoriza o ‘lay-off’ nos SAMS. Já não é apenas um silêncio cúmplice. Somos obrigados a concluir que o Presidente da República e o Governo estão de acordo com o encerramento do nosso hospital, do centro clínico e das cínicas, em plena pandemia. Uma vergonha! Um escândalo mundial”, criticou Agnelo Furtado.

Segundo o sindicalista, os serviços médicos bancários contavam com 1.443 trabalhadores em 2018 (os últimos números disponíveis), entre médicos (mais de 300), farmacêuticos, enfermeiros, assistentes clínicos, auxiliares e administrativos.

“É grave, porque o presidente da direção, Rui Riso, não informou, mas estão 90% do total de trabalhadores em ‘lay-off’. Numa situação de pandemia. Isto é um ato criminoso”, salientou.

Agnelo Furtado disse ainda que está de acordo com uma “requisição civil” que obrigue à reabertura do SAMS, vincando que a Ordem dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos também já pediram a intervenção política nesse sentido.

E apelou para que os cerca de 94 mil sócios do Serviço de Ação Médico-Social (SAMS) mostrem o seu “veemente protesto” com a situação a Marcelo Rebelo de Sousa e a António Costa, através do envio de mensagens eletrónicas.

“Temos conhecimento que largas centenas de reformados já protestaram junto da Presidência da República e do Governo. Confinados! Mas não calados! Reabertura imediata dos nossos SAMS! Queremos os nossos Médicos!”, concluiu.

A direção clínica do SAMS encerrou, em março, o hospital e as clínicas, devido à infeção pelo novo coronavírus de doentes e profissionais de saúde em unidades da sua rede.

Portugal regista 762 mortos associados à covid-19 em 21.379 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

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