Turismo (I)
Bill Gates, co-fundador da Microsoft, disse que o Mundo estava entrando num “território desconhecido” porque não estava preparado para uma pandemia como a Covid-19 (Business Insider, 13 Abril). A Gripe Espanhola ocorreu entre Janeiro de 1918 e Dezembro de 2020. (Wikipedia).
As reportagens dos media sobre a evolução da pandemia, em cada país, os doentes infectados, os mortos e os recuperados. A situação crítica nos hospitais, na prestação dos cuidados médicos aos doentes infectados. Nas unidades de cuidados intensivos, as imagens dos pacientes, os sinais sonoros dos equipamentos, os profissionais de saúde com os seus equipamentos de protecção, em circunstâncias que, percebemos, os limites terem sido ultrapassados, coragem e desafio da resistência humana. É avassalador, traumático....
Estas circunstâncias suscitam o aumento da sensibilidade ao risco dos cidadãos sendo determinante na adopção de comportamentos que protejam a sua saúde.
A BBC no artigo, “When the tourists don`t turn up”, 12 Abril, o editor de Economia e Negócios, Douglas Fraser, Escócia, escreveu que este ano não haverá uma estação turistica. Os locais que aguardavam os fluxos de visitantes, em que as atracções, lojas e alojamentos dizem-lhes para não virem.
Este um problema global que a Organização Mundial de Turismo, no mês passado, indicou a estimativa de 50 milhões de perdas de empregos, devido às restrições de viagens consequência da pandemia.
Muitos na indústria do turismo não esperam voltar à actividade antes de 18 meses.
A agência promocional governamental, no Reino Unido, recomenda que a retoma dos fluxos turísticos seja o mercado interno.
Outro alerta, o de o governo vir a impôr barreiras no âmbito da saúde aos que viajam, contribuindo para o aumento do custo e complexidade a ser gerida pelo passageiro.
As empresas que realizam eventos anuais, a cadeia de suprimentos é vulnerável. Uma pesquisa no Reino Unido com 1.500 empresas fornecedoras constatou que 60% não têm dinheiro suficiente para superar os três meses de bloqueio e apenas 5% acederam ao suporte de ajuda com sucesso. Consequência destas circunstâncias a realização dos eventos ficará comprometida se não existirem empresas prestadoras de serviços de apoio.
Os agentes de viagens têm manifestado que se não for alterada a regulamentação da ATOL para o reembolso aos cidadãos que compraram viagens, devido à falta de liquidez, entrarão em insolvência.
A retoma da actividade turística dependerá da evolução desta crise de saúde pública.
Os especialistas de saúde e os epidemiologistas dizem que para o seu controle será necessário a imunidade de grupo que tem o seu tempo ou a existência de uma vacina o que poderá não ocorrer antes de 12 a 18 meses.