Dinamarca reabre pequenas empresas como cabeleireiros e dentistas
A Dinamarca, segundo país da Europa a anunciar, há duas semanas, o alívio progressivo das restrições impostas para conter a propagação do coronavírus, reabriu hoje cabeleireiros, estúdios de tatuagem, escolas de condução, clínicas de fisioterapia e dentistas.
As empresas agora autorizadas a reabrir estavam encerradas há cinco semanas, no âmbito das medidas decretadas para travar o contágio do novo coronavírus.
Para reabrirem portas, as empresas estão obrigadas a assegurar que cada cliente desinfecta as mãos à entrada e veste uma capa de protecção de utilização única e que as superfícies e materiais são desinfectados entre cada cliente.
A decisão foi anunciada na sexta-feira pela primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederikssen, após a conclusão de um acordo entre todos os partidos representados no parlamento.
O acordo prevê ainda a reabertura, a partir de 27 de Abril, dos tribunais e serviços públicos relacionados com o apoio às famílias e a adopção.
O alívio das restrições no país iniciou-se a 15 de Abril com a reabertura de creches e escolas pré-primárias e primárias.
O levantamento de medidas de prevenção implica que os dinamarqueses continuem a respeitar o distanciamento de dois metros e a proibição de ajuntamentos de mais de 10 pessoas.
Mantêm-se encerrados, pelo menos até 10 de maio, bares e restaurantes, assim como centros comerciais, ginásios, cinemas, salas de espectáculos e as escolas para alunos com mais de 10 anos.
A proibição de entrada de estrangeiros no país também se mantém.
Desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a Dinamarca, com cerca de 5,8 milhões de habitantes, registou 7.711 casos de infecção e 355 mortes associadas à covid-19.
O país, que nas últimas semanas viu o número de novas infecções diminuir consistentemente, foi o segundo país europeu, depois da Áustria, a anunciar um levantamento parcial das restrições adoptadas no contexto da pandemia.
Surgido em Dezembro, na China, o novo coronavírus já infectou mais de 2,3 milhões de pessoas, 164 mil das quais morreram.
A Europa é a região do mundo com mais casos (1,1 milhões) e mais mortes (mais de 100 mil)