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EUA levantarão sanções à petrolífera russa Rosneft quando esta deixar a Venezuela

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O governo dos Estados Unidos da América (EUA) irá levantar as sanções à maior companhia petrolífera da Rússia, a Rosneft, quando esta cessar definitivamente as operações e vender os ativos que tem na Venezuela, foi hoje divulgado.

“Se a Rosneft Trading (subsidiária da Rosneft) não tem nada a ver com a Venezuela, então as sanções que se baseiam na sua conduta na Venezuela serão levantadas”, disse o enviado especial dos EUA à Venezuela, Elliott Abrams, em declarações à imprensa.

O diplomata explicou que Washington ainda não suspendeu as sanções porque quer esperar que a companhia petrolífera russa, até agora fiel aliada à Venezuela e à empresa estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), complete a venda de todos os seus ativos e operações comerciais no país.

“Julgaremos o que está a acontecer no terreno com as atividades da Rosneft com o petróleo venezuelano. Se os fatos mostrarem que não está envolvida, então as sanções serão levantadas”, frisou.

No passado sábado, a Rosneft anunciou o fim das operações na Venezuela sem explicar as razões da decisão, mas o porta-voz da empresa, Mikhail Leontiev, disse à Interfax que era o que se esperava de uma empresa pública que quer manter sua posição internacional.

A pressão para que a Rosneft abandone os negócios na Venezuela aumentou depois que os Estados Unidos da América impuseram sanções às subsidiárias da companhia em fevereiro.

Em concreto, os EUA atingiram com sanções a Rosneft Trading e o seu diretor, Didier Casimiro, e, em março, castigaram também outra filiada da Rosneft, a TNK Trading International, pelo seu suposto apoio ao governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Até agora, a Rosneft tem sido considerada uma das empresas mais ativas da Venezuela, onde aumentou as suas atividades e tornou-se o grande intermediário do petróleo venezuelano perante as sanções impostas pelos EUA à PDVSA.

Com as sanções à Rosneft, Washington conseguiu complicar ainda mais a venda de petróleo venezuelano nos mercados internacionais, a principal fonte de receitas e divisas de Caracas.

Os EUA foram o primeiro de cerca de 60 países a reconhecer a legitimidade de Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela, em janeiro de 2019, depois de este líder da oposição ter rejeitado o resultado das eleições nacionais de 2018, em que Nicolás Maduro se declarou vencedor.

O Governo norte-americano tem aplicado sanções a todas as empresas que façam negócio com o Governo venezuelano de Nicolas Maduro, como retaliação por o Presidente da Venezuela se recusar a marcar eleições livres e democráticas.

A subsidiária da Rosneft que vende petróleo a clientes europeus foi uma das empresas atingidas pelas sanções económicas dos EUA, que prometeram manter a pressão para a forçar a interromper as operações comerciais com o Governo de Nicolas Maduro.

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