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Coronavírus Mundo

Povoação italiana em quarentena obrigatória por ter violado confinamento

Algumas centenas de pessoas de Saviano quiseram despedir-se do presidente da Câmara

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O município italiano de Saviano, nos arredores de Nápoles, foi colocado hoje em quarentena obrigatória, depois de centenas de habitantes terem participado no funeral do presidente da câmara, o médico Carmine Sommese, vítima de covid-19.

O presidente da região napolitana, Vicenzo De Luca, emitiu este domingo uma ordem que impede a entrada ou saída do município e o encerramento de todos os escritórios e espaços comerciais.

A circulação foi cortada em todas as estradas secundárias de acesso ao município, situado na base do vulcão Vesúvio.

“Esta foi uma decisão inevitável para impedir um foco de contaminação e proteger a saúde dos habitantes de Saviano e das localidades próximas, num território de grande densidade populacional”, justificou Vicenzo De Luca.

No sábado, mais de duzentas pessoas acompanharam pelas ruas de Saviano o cortejo fúnebre do presidente da câmara, falecido aos 66 anos, violando o confinamento imposto pelo governo em todo o país e desrespeitando a distância de segurança.

Com 175 mil contagiados e 23.227 mortos pelo novo coronavírus, a Itália está sob confinamento geral, com restrição de circulação que impedem as pessoas de circularem entre povoações, exceto por questões laborais, urgências ou motivos de saúde.

No caso de Saviano, as autoridades de saúde recomendaram o encerramento total da população e a identificação e despistagem dos participantes no funeral.

“É possível ver em vídeos publicados que o funeral expôs claramente a povoação a um risco sanitário, que pode contaminar os habitantes das localidades vizinhas”, refere a Unidade de Crise da região da Campania.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 160 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 502 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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