Encerramento da promenade dos Reis Magos
Causou-me estupefação hoje (16-04-2020) ter chegado aos Reis Magos com a minha filha e ter-me deparado com barreiras metálicas a impedir o acesso à promenade. Na mesma constava, não apenas a sinalética de proibição de ultrapassar as barreiras, mas também uma disposição do Capitão-de-mar-e-guerra que proibia o uso das praias para fins desportivos e recreativos. Acontece que esta decisão é camarária, conforme o próprio DN noticiou, na qual o presidente da edilidade se vangloria de impor esta restrição no acesso àquele passeio marítimo, apesar de ser o único na Madeira ao qual é aplicada esta medida. Fundamenta com a questão do ajuntamento e ainda, que nem é da sua competência fiscalizar, algum incumprimento de alguns banhistas de inverno que lá foram a banhos neste tempo frio. Limitando este espaço para caminhar, contribui para a aglomeração nos que sobram da freguesia. O certo é que me sinto culpada por esta situação, por ter votado num presidente que, nesta conjuntura, revela-se pela afirmação despótica do poder absoluto. Algo que se corrige num próximo ato eleitoral. Mas mais curioso é o facto de lá terem afixado um despacho do Capitão-de-mar-e-guerra que, de acordo com o próprio, não se aplica à circulação no espaço da promenade. Carece de legalidade este condicionamento, para além de ser um caso único na região, revelador de claro abuso de poder da autarquia. Eventuais desobediências estão salvaguardadas pelo vazio legal desta medida. Um pouco de humildade e bom senso faria bem a certos políticos da praça.